Sete Lágrimas apresentam novo álbum no Museu do Oriente

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O Auditório do Museu do Oriente recebe, no dia 4 de Maio, a apresentação do novo álbum Folia Nova, do icónico consorte Sete Lágrimas. Nomeado para os prémios PLAY na categoria Melhor Álbum de Música Clássica/Erudita, este mais recente trabalho do consorte olha para a poesia portuguesa dos séculos XV e XVI para oferecer novas composições sobre a forma histórica da Folia.

O consorte criado pelos compositores Filipe Faria e Sérgio Peixoto e completo pelos músicos Pedro Castro, Tiago Matias e João Hasselberg dá voz e ritmo aos doze novos vilancicos que compõem o álbum Folia Nova.

Na sua forma primitiva, o vilancico pertencia ao espectro profano. No entanto, a sua popularidade disseminou-se nos territórios sacros, como uma heresia que lentamente se tornou hóspede da liturgia. Hoje é considerado uma das mais importantes expressões poéticas e musicais da música sacra barroca da Península Ibérica, tendo a sua popularidade ascendido a partir do período dos Descobrimentos até ao século XVIII.

Os dois compositores deram uso à “folia” – no Auto da Sibila Cassandra, de Gil Vicente, que se caracterizava como sendo uma dança de pastores. Neste novo trabalho que agora apresentam, o tradicionalismo harmónico e rítmico foi transportado para um universo conceptual, criando diálogos de criatividade e novas linguagens.

Sete Lágrimas foi criado em 1999 e dedica-se desde então aos diálogos da Música Antiga com a contemporaneidade, assim como ao cruzamento da música erudita com as tradições seculares. Os seus projetos juntam músicos de diferentes horizontes musicais ligados, quer por investigações musicológicas originais, quer por processos de inovação, irreverência e criatividade em torno dos sons, instrumentário e memórias da Música Antiga.

 

Folia Nova

4 Maio

Auditório do Museu do Oriente

Horário: 19.30

Duração: 70 minutos, sem intervalo

Público alvo: M/6

Preço: 15 € (descontos em vigor)

Sete Lágrimas

  • Filipe Faria e Sérgio Peixoto, direção artística
  • Filipe Faria, voz, percussão, viola de mão 4 ordens, bandurra descante
  • Sérgio Peixoto, voz
  • Pedro Castro, flautas
  • Tiago Matias, tiorba, guitarra barroca, guitarra romântica
  • João Hasselberg, contrabaixo

Programa

  • Nunca foy mal nenhum moor, Filipe Faria (n.1976) e Sérgio Peixoto (n. 1974) sobre Bernardim Ribeiro (1482?–1552?)
  • Endechas a Bárbara escrava, Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre Luiz Vaz de Camões (c. 1524-1579/1580)
  • Recercada octava sobre tenore “La Folia”, Diego Ortiz (c. 1510-c.1576)
  • Es tan grave mi tormento, Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre Pêro de Andrade Caminha (1520-1589)
  • Fandango, Tiago Matias (n. 1979)
  • Ysabel y mas Maria, Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre Anónimo (s. XVI)
  • Recercada primera sobre tenore “El passamezzo antiguo”, Diego Ortiz
  • Lágrimas de saudade, Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre Anónimo (s. XVI)
  • Cantiga sua, partindo-se, Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre João Roiz de Castel-Branco († após 1515)
  • Recercada segunda sobre tenore “El passamezzo moderno”, Diego Ortiz
  • Dicen que me case yo, Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre Gil Vicente (c.1465–c.1536)
  • Amor loco, Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre anónimo (s. XVI)
  • Soñava, madre, que via, Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre Pêro de Andrade Caminha (1520-1589)
  • A partida que me aparta, Filipe Faria e Sérgio Peixoto sobre Anónimo (s. XVI)
  • Que razão teria a melodia?

 

Fonte: lpmcom.pt

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