A ópera Madama Butterfly conheceu várias versões antes da estreia, em 1907, daquela que é hoje comummente executada. É uma obra trágica, rematada por um suicídio, que se centra em Cio-Cio-San, japonesa de quinze anos seduzida e abandonada por um oficial da marinha norte-americana de passagem pelo Oriente. O papel titular é um dos mais complexos e exaltantes da história da ópera e requer à sua intérprete uma vocalidade excecional, capaz de traduzir em fortíssimo estados de verdadeiro desespero e, simultaneamente, moldar-se a ambientes de delicada fragilidade.
A música continua a ser uma das mais amadas do compositor e apresenta páginas que a Humanidade não se resigna a esquecer, como a mágica entrada de Butterfly, a ária Un bel dì vedremo, ou o Coro dos marinheiros. É ainda profundamente romântica, como o prova o dueto que encerra o I Ato, em que se canta o poder encantatório da noite.
A nova produção recupera um belíssimo guarda-roupa propositadamente confecionado no Japão, para uma produção que subiu à cena no Teatro Nacional de São Carlos na década de 70 do século passado.
Calendário das récitas:
4, 6, 10, 12 e 14 de outubro, às 20h | 8 de outubro, às 16h
Ficha técnica:
Antonio Pirolli, Direção musical
Jacopo Spirei, Encenação
Giuseppe di Iorio, Cenografia e desenho de luz
Nuno Velez, Figurinos
Cio-Cio San, Zarina Abaeva e Elisa Cho (récitas de 12 e 14)
B.F. Pinkerton, Carlos Cardoso
Sharpless, Stefan Astakhov
Suzuki, Cátia Moreso
Goro, Marco Alves dos Santos
Kate Pinkerton, Ana Franco
Príncipe Yamadori, Leonel Pinheiro
Tio Bonzo, Christian Luján
Comissário Imperial, Costa Campos
Oficial do Registo, João Oliveira
Yakusidé, Nuno Dias
Mãe de Cio-Cio-San, Ana Ferro
Tia, Sandra Lourenço
Prima, Ana Luísa Silva
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
(Giampaolo Vessella, maestro titular)
Orquestra Sinfónica Portuguesa