Passadas três semanas sobre a declaração de “estado de emergência” tudo parece que vai melhor que o esperado, isto a fazer fé no que nos dizem aqueles a quem compete governar e no pressuposto inabalável de que, como nos disse o Presidente da República, “ninguém mente nem vai mentir a ninguém”.
Assim sendo, a malta intuída pelo espírito de que até nem está tão mal assim vai de fazer ouvidos moucos aos apelos de confinamento social e embalada pelo sol e calor primaveril dos últimos dias aproveitou para voltar quase ao normal. Basta ver o movimento de pessoas e carros nas principais ruas e avenidas da nossa cidade, por estes dias maior que o verificado nas semanas anteriores. Dirão alguns que é bom sinal, outros que a economia não pode parar, outros ainda que isto, do confinamento, é um exagero, outros ainda que isto do “covides” só apanha os outros…
Ora acreditando sempre na bondade dos números, certo é que a redução exponencial do real em face ao esperado se deve em muito a esse confinamento e distanciamento social “aconselhado” pelo tal “estado de emergência”.
Esperemos que a Páscoa nos traga boas recordações de outros anos volvidos e que, no futuro próximo, não nos diga que um optimismo exagerado nos fez voltar a perigar nesta guerra sem quartel nem trincheiras, onde todos somos soldados e estamos na linha de fogo.
Não, não sei se todos a vamos ganhar, esta guerra surda e sem rosto, onde o inimigo é invisível, mas sei que se todos fizermos o que nos compete, se não afrouxarmos o combate nem dermos por antecipada a vitória, mesmo não sendo tudo como era dantes, voltaremos a encontrar-nos num futuro próximo e aí sim festejaremos a “vida”.
Até lá, cuidem-se!
Por Rui Rodrigues dos Santos
8 Abril de 2020