A Fuga do Capitão Volkonogov, apresentado na competição do Festival de Veneza apresenta-se como uma fábula contemporânea, contra as directrizes oficiais do poder actual. Obra elogiada pela crítica, o filme conta uma história tão angustiante como horrível.
O filme estreia na plataforma e nos cinemas a 6 de Julho.
URSS, 1938. No auge do grande terror, Estaline expurga as suas próprias fileiras. Sabendo que está condenado, o capitão Volkonogov foge. Na sua fuga, tem uma visão: para salvar a sua alma, terá de confrontar as famílias das suas vítimas e de obter o seu perdão.
O capitão Fyodor Volkonogov, um agente da lei da URSS respeitado e obediente, vê os seus colegas serem suspeitosamente interrogados. Pressentindo que a sua vez se aproxima, decide fugir, sendo perseguido pelos seus antigos colegas. Vulnerável e desesperado, Fyodor percebe o que realmente fez e que o arrependimento é a única forma que tem de escapar ao suplício eterno do Inferno. Mas o tempo está a acabar e ele está quase a ser capturado.
Este filme é uma parábola pós-modernista com os elementos de um thriller místico. A história é um conto sombrio sobre um carrasco que de repente descobre que tem uma alma. Agora, a sua alma precisa de ser salva, mas resta-lhe muito pouco tempo para isso. Começa a busca desesperada pela redenção espiritual, como referem os realizadores Natasha Merkulova, Aleksey Chupov.
Os autores do filme acham extremamente difícil viver com a ideia de que ainda existem torturas no mundo moderno. Que algumas pessoas continuam a torturar outras, algures, todos os dias. Qualquer pessoa pode potencialmente tornar-se um carrasco se o sistema decidir transformá-lo num. Mas será possível ser perdoado depois disso? Haverá um paraíso para os carrascos?
O filme de Aleksey Chupov e Natasha Merkulova é um thriller impressionante sobre um agente de segurança numa missão para se redimir. – The Guardian
Tão magistralmente cativante como filosoficamente intrigante. – The Playlist
Este é um filme para reflectir, para discutir – e para alguns, sem dúvida, para recuar – mas é uma das obras mais originais do ano. – Screendaily
Fonte: Filmin