Museu de Lisboa celebra a revolução e a liberdade com duas exposições

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O Museu de Lisboa junta-se à celebração dos 50 anos da Revolução dos Cravos com a produção de duas exposições que inauguram em maio: Dez histórias de liberdade: De escravo a liberto em época romana e Lisboa em revolução, 1383-1974. Porque as linhas do tempo, do espaço e da memória coletiva se cruzam, se contaminam e se refletem na nossa vida atual.

A primeira exposição inaugura no dia 9 de maio, no Museu de Lisboa – Teatro Romano e apresenta dez percursos de vida em busca da conquista de liberdade. Dez histórias de vitória que aconteceram na Lisboa romana, num regime que baseou o seu poder na subjugação do outro.

A exposição Dez histórias de liberdade: De escravo a liberto em época romana explora a elasticidade da ideia de liberdade e a falta dela, abordando uma conceção romana da escravatura – ou servidão, como era então chamada –, diferente da contemporânea, profundamente influenciada pelo nosso passado colonialista.

Recorrendo a infografias, epígrafes, peças de cerâmica, vídeos e outros dispositivos, procura mapear a realidade dos escravos e libertos em época romana, revelando o seu quotidiano e o seu papel na sociedade.

Lisboa em revolução, 1383-1974 inaugura no dia 25 de maio, no Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, e apresenta um projeto de investigação em parte inédito. Pela primeira vez, num mesmo espaço expositivo e num mesmo catálogo são apresentadas perspetivas de síntese sobre todos os momentos considerados revolucionários da história de Portugal que se passaram em Lisboa, desde o século XIV até 1974.

«Mais do que objetos, esta exposição percorre ideais. As revoluções que aqui se contam tiveram vários traços em comum, partilhando os impulsos semelhantes de liberdade, de autonomia, de progresso, de melhoria de condições de vida. Mas também tiveram muitas diferenças entre si. Se, nas mais antigas foi a luta pela independência nacional o principal objetivo, nos momentos revolucionários a partir de 1820 a principal preocupação era a legitimação do regime a partir da soberania popular. Nasceu o primeiro parlamento, alargou-se o direito de voto, garantiram-se liberdades individuais e coletivas», explica Joana Sousa Monteiro, diretora do Museu de Lisboa.

A exposição foca-se em seis períodos de tensão, nomeadamente em 1383-85, 1640, 1820, 1836, 1910 e, partindo da voz de personagens concretas e de sítios em Lisboa onde as ações aconteceram, conta histórias sobre acontecimentos concretos, os seus antecedentes e os efeitos que cada momento revolucionário foi tendo na transformação de Lisboa e do País.

Comissariada por Daniel Alves (investigador integrado do Instituto de História Contemporânea da NOVA FCSH, especializado em história do séc. XIX), Lisboa em revolução, 1383-1974 contará com a apresentação de cerca de 135 peças provenientes do acervo do Museu de Lisboa e de mais de 40 instituições externas, entre elas museus nacionais, arquivos e coleções privadas.
Cada exposição será acompanhada por um programa paralelo a anunciar em breve, repleto de espetáculos, visitas, percursos e oficinas.

 

Fonte: museudelisboa.pt

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