Num registo solto e rigoroso, o autor recorda o mistério sobre a filiação de Afonso Henriques, as acusações de bigamia contra Afonso III, o amor incendiário de Pedro I e Inês de Castro, a predileção por freiras de João V, as aventuras homossexuais de João VI ou os rumores sobre o lesbianismo da rainha D. Amélia. Com a instauração da República, o sexo perdeu importância para o regime, mas continuou a confundir-se com os assuntos de Estado. O presidente Manuel Teixeira Gomes ficou conhecido como apreciador de ninfetas e rapazinhos; Salazar, celibatário com fama de casto, manteve várias ligações românticas longe dos olhares públicos; Sá Carneiro e Snu Abecassis protagonizaram uma história de amor que desafiou os bons costumes da época; José Sócrates viu a sua intimidade cair na praça pública quando rebentou o maior escândalo da democracia portuguesa.
Um olhar imperdível, singular e mordaz sobre a nossa identidade enquanto país.