O dia 15, às 15h, de Setembro, vai ser aquele em que faço a corajosa asserção da praxe (e que até já vem tarde) …
(tum-tu-ru-rum…🥁)
…sim, a seguinte: Este é o meu livro preferido de 2025 (até ao momento).
Lido no original, “Here One Moment”, foi a minha primeira obra de Liane Moriarty (@lianemoriarty_official ) e também a experiência imersiva de que tanto estava a precisar.
Sob a premissa de “O que mudaria na tua vida se alguém te dissesse o dia e a causa da tua morte?”, incorri na falácia de acreditar que estava a mergulhar de cabeça num manifesto acerca do determinismo, quando, na realidade, estava prestes a assistir a um complexo e interessante diálogo entre ambos os titãs: determinismo vs. livre arbítrio.
Num livro em que a morte “per se” se transforma numa das personagens principais, percebemos que, até nela, cabe bem mais vida do que, alguma vez, imaginaríamos.
Outro ponto extremamente interessante é a forma como somos levados a reflectir acerca do poder da sugestão e da forma como ele nos pode conduzir ao auto-engano.
Afinal, o que é, ou não, verdade? A nossa percepção dos factos pode moldar a realidade, ou, pelo menos, a experiência que temos dela…
Além disso, é-nos oferecido um caleidoscópio com ricos retalhos de variadas vidas que, de outra forma (caso não tivessem entrado num avião com destino Tasmânia-Sydney), jamais se teriam cruzado.
Em suma (e como já é habitual), prefiro não adiantar mais informação, sob pena de vos sujeitar a spoilers e arruinar completamente a vossa experiência de leitura. Mas não deixo de acrescentar que este livro é certeiro para todos aqueles que piscam o olho ao existencialismo, se desafiam a pensar e que aceitam ser guiados por caminhos menos confortáveis, ou convencionais.
