A música de Magnus Lindberg é genuinamente eclética. Tem influências tão distintas como Luciano Berio ou Einstürzende Neubauten, mas coincide numa criatividade única em busca minuciosa das combinações sonoras que o tornaram num dos compositores mais prestigiados da atualidade. Neste regresso a Portugal, o músico finlandês traz na bagagem duas partituras de 2002, as quais o próprio irá interpretar à frente da OML. Chorale é um curto prelúdio orquestral que recupera a melodia do coral da Cantata BWV 60 de J. S. Bach, Es ist genung. Temos depois a oportunidade de revisitar o concerto que Kari Kriikku – o clarinetista com quem Lindberg compôs a obra – tocou com a Metropolitana em 2009. Caberá agora a Nuno Silva interpretar essa escrita exuberante que explora os registos extremos do instrumento.O programa conclui com o Concerto para Orquestra do polaco Witold Lutosławski. Datado dos anos que se seguiram à Segunda Grande Guerra, recolhe na música tradicional uma inspiração que se mantém sempre próxima de “um outro” Concerto para Orquestra assinado por Béla Bartók, em 1943 .
Coprodução | CCB | Metropolitana
20 maio 2018 | 17:00
Fonte :CCB