Karōshi é uma palavra japonesa que significa, literalmente, morte por excesso de trabalho. O Teatro da Cidade mergulha nela para explorar os limites do ser humano face ao trabalho nos dias de hoje, problematizando conceitos que balizam o nosso quotidiano.
Estabelecendo um paralelo entre o direito social ao trabalho, adquirido com o tempo, e as novas formas de escravatura a que nos sujeitamos, este espetáculo questiona a dupla condição de quem trabalha enquanto escravo de si próprio e miragem de um semideus: provocar os limites do corpo para se adequar à sociedade em que vive, ao sistema que lhe exige a produção rápida, eficiente, vivendo de objetivo em objetivo, muitas vezes vendo a recompensa posta em causa; a Sociedade do século XXI, que adormece no metro, nas escadas da estação de comboios, no passeio, até sucumbir completamente.
Conversa com artistas após o espetáculo: 20 novembro
Ficha técnica:
Teatro da Cidade. Bernardo Souto, Guilherme Gomes, João Reixa, Nídia Roque e Rita Cabaço, interpretação.
Fonte: AgendaLX