Criadora, aventureira revolucionária, defensora ardente do espírito poético e da liberdade e dos direitos da mulher; pensadora dotada de lucidez crítica, originalidade e ousadia, pedagoga apaixonada. É explorando estas dimensões que Isadora Duncan sobe a cena neste texto criado por Rita Lello, em colaboração com Eugénia Vasques, a partir do itinerário proposto na poesia de Graça Pires em Jogo Sensual no Chão do Peito e da prosa da própria Isadora recolhida de várias fontes. Esta peregrinação segue o mote das palavras de Isadora: “Uso o meu corpo como um meio, tal como o escritor usa as suas palavras. Não me chamem bailarina.” À Língua Gestual Portuguesa Rita Lello e Amélia Bentes vão colher inspiração para acompanhar a palavra dita em cena com sequências da palavra em movimento, da palavra impressa no espaço através do corpo da intérprete acompanhado por uma sonorização imersiva que envolve a palavra que se move, e exprime a memória da atribulada sensibilidade de uma das mais significativas pioneiras da dança contemporânea.
Récitas c/ Língua Gestual Portuguesa: 4 junho, às 16h, e
9 junho, sexta, às 19h30
Espetáculo integrado no Passe Cultura (CML/EGEAC) disponível em exclusivo na bilheteira do Teatro.
Ficha técnica:
Rita Lello, texto, criação e interpretação; Eugénia Vasques, dramaturgia.