O 4.º Capítulo do grande ciclo Éric Rohmer, ou o génio do moderno cinema francês, exibe adaptações literárias e outros.
Parte da obra cinematográfica do cineasta foi alimentada pela literatura, do programa apresentado no Cinema Nimas destacam-se A Marquesa d’O (1976), a partir da novela de Heinrich Von Kleist, e Perceval, o Galês (1978), inédito em sala em Portugal, a partir de Chrétien de Troyes.
Por outro lado Rohmer, por diversas razões, realizou alguns filmes fora das séries, a que ele chamava “pequenos intermédios”. Destas obras, que fugiam a um carácter programático, são apresentados no Nimas: 4 Aventuras de Reinette e Mirabelle (1987), filme-compêndio com 4 histórias curtas feito a meio da série Comédias e Provérbios; A Árvore, o Presidente e a Mediateca (1993) e Os Encontros de Paris (1995), que surgem pelo meio dos Contos das Quatro Estações (os dois primeiros têm também a sua estreia comercial em Portugal).
Éric Rohmer (1920-2010) iniciou a sua carreira profissional como professor e escritor. Nos anos 50 começa a frequentar o meio cinéfilo, cineclubes e revistas de cinema onde se reunia o núcleo que mais tarde viria a criar os Cahiers du Cinéma, que Rohmer chegou a dirigir.
A partir de 1963 dedica-se, sem interrupções, ao cinema com a série Contos Morais, rodados entre 1963 e 1972, a partir de um livro que escrevera mas que na altura ainda não publicara e onde se incluem alguns dos seus filmes mais célebres: A Minha Noite em Casa de Maud (1969) e O Joelho de Claire (1970).
O clássico e o moderno, a literatura e o cinema, as contradições entre a moral e o desejo são temas e questões recorrentes na sua obra. Elegante, preciso, inovador e atento aos pormenores, Éric Rohmer foi uma das figuras importantes da nouvelle vague e da história do cinema.
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Fotografia: “Perceval, o Galês” de Éric Rohmer
Fonte: AgendaLx