É esta a missão de Uma Outra Forma, criação da CiM- Companhia de Dança, com ideia original da bailarina Joana Gomes, que será apresentada nos Coruchéus– Um Teatro em Cada Bairro, de 5 a 10 de Maio.
O espectáculo acompanha a história de duas amigas que convidam o espectador a descobrir as possibilidades intermináveis do Braille. Numa parilha com o público, entram numa viagem repleta de dança e fascínio, na qual brincam com movimento, letras e palavras, e ensinam que, mesmo não conseguindo ver nada, é possível ver-se tudo. Basta fazê-lo de Uma Outra Forma.
Co-criação e co-interpretação de Joana Gomes e Maria Inês Costa e dramaturgia de Rosinda Costa, Uma Outra Forma é desenhado para famílias e crianças e surge de um desafio lançado pela Quinta Alegre – Um Teatro em Cada Bairro, com o objectivo de promover o trabalho de artístas com deficiência.
“Uma Outra Forma nasce da ideia de chegar aos mais novos através do Braille e, de uma forma artística, leve e lúdica, sensibilizá-los para o que é a cegueira”, explica Joana Gomes. “Pretendo, sobretudo, ensinar-lhes que tudo é passível de ser adaptado. Independentemente da condição física, há sempre a possibilidade de fazer-se tudo, basta tentar de Uma Outra Forma”, acrescenta.
Tendo como ponto de partida a história de vida de Louis Braille, criador do sistema de escrita e leitura táctil para pessoas cegas ou com baixa visão, o espectáculo homenageia o seu importante contributo para a vida das pessoas com deficiência visual, apelando à curiosidade dos mais jovens para, nas palavras da artista, “construir uma sociedade mais inclusiva”.
Após a sua estreia em 2024, o espectáculo volta a ser apresentado, desta vez como parte da programação dos Coruchéus – Um Teatro em Cada Bairro, entre 5 e 9 de Maio, em sessões exclusivas para escolas, e no dia 10 de Maio, às 14h, numa sessão destinada ao público em geral que conta com audiodescrição. A entrada é gratuita, mediante reserva de bilhetes em: umteatroemcadabairro.corucheus@cm-lisboa.pt
Abra espaço à curiosidade e venha descobrir que, afinal, é também possível ver-se com as mãos. E com os cotovelos, com as costas, com as pernas, com os pés, com o coração.
Fonte: voarte.com