Miguel Fragata está sozinho em palco – é o ator quem faz todas as personagens de A Gaivota, de Anton Tchékhov. É ele também que dá corpo e voz a todos os seus colegas que o acompanharam na apresentação dessa peça no final de curso, há 20 anos, e é ele quem olha para o que aconteceu desde então.
Assim se faz este Só Mais Uma Gaivota, “retrato de uma geração em diálogo com o texto de Tchékhov”, o novo espetáculo da Formiga Atómica. Se aquela obra do dramaturgo russo nos fala das angústias dos criadores artísticos, Fragata confronta-a com as suas – e as nossas –, com as últimas décadas e as projeções de futuro auspicioso que se faziam. Como chegámos aqui e que lugar é este onde nos encontramos? Como serão os próximos atos?
Paralelamente, a Formiga Atómica apresenta a exposição Diverse Laridae, com o trabalho de cinco jovens artistas das artes visuais, desenvolvido a partir de A Gaivota; e, a 27 de setembro, é transmitido o documentário Gaivotas em Terra, resultado das entrevistas aos colegas de Miguel Fragata. GL
Sessões com interpretação em Língua Gestual Portuguesa a 19, 21, 25 e 27 de setembro.
Ficha técnica:
Formiga Atómica. Texto de Inês Barahona e Miguel Fragata a partir de Anton Tchékhov; Encenação e interpretação de Miguel Fragata.
12 € e 15 € – preço normal (ver descontos aplicáveis)