Onde está o altar? – Undisan

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Um jogo em que todos podem participar. Dos oito aos oitenta, não há qualquer limite de idade. Tanto pode ser jogado dentro de casa, no conforto do lar, como ao ar livre, aproveitando o calor que por cá se faz sentir a todo o momento. Não há diferença. Poderia ser um jogo tradicional da Tailândia, do Laos ou até do Camboja. Mas, na verdade, é na Indonésia, em Bali, que pode ser jogado com maior encanto.

Ao contrário dos jogos de cartas em que o aprender das regras nos faz querer, desde logo, desistir do prazer de neles participar, este jogo é muito simples. As regras são as seguintes: quem encontrar o maior número de altares no menor período de tempo, ganha. Sim, é descomplicado assim de perceber e mais fácil ainda de ganhar. Afinal de contas, eles estão em todo o lado, por toda a parte, e a sua presença faz-se sentir.

Para onde quer que olhemos, nas estradas que serpenteiam pelo meio da natureza no interior de Bali, há templos repletos de altares. Estão em toda a parte, difícil é não os ver. Mas não só aí os encontramos. Eles podem estar em qualquer lugar. No jardim de casa, na varanda, no telhado, num canto da sala de estar ou no meio da natureza. Onde menos esperamos encontrar um local sagrado de adoração, por certo aí o acharemos.

Nas suas proximidades jazem descansadamente as oferendas com que o comum dos mortais presenteia os seus deuses. Flores de todas as cores devidamente acamadas numa achatada folha verde repousam desde manhã cedo até ao final do longo dia. Mas não só. Aí encontramos também pacotes de bolachas, pedaços de arroz e até cafés que, abandonados à sua própria sorte, arrefecem de forma pausada, assim perdendo o caloroso encanto à medida que o dia passa. Um cheiro forte a incenso não deixa margem para dúvidas: certamente há um altar por perto para adorar.

Mas o que mais se encontra junto a um altar são sorrisos. Sorrisos especiais na cara das pessoas que, vestidas em tons coloridos com sarongs à volta da cintura, estão prestes a visitar os seus locais de culto. Não é que as pessoas não sorriam, nem sejam amáveis, longe de altares. Mas quando junto a um, o brilho que emana dos seus olhos transmite algo de diferente. Uma sensação de tranquilidade e de paz que não se vê em qualquer lugar.

Muito mais se poderia dizer sobre templos e altares, mas é melhor por aqui ficar. Privar quem visite Bali do prazer de descobrir, por si só, a melhor forma de encontrar os milhares de altares espalhados por toda a parte seria arruinar uma parte especial da viagem. Não faria qualquer sentido. Por isso, não vai partir de mim tamanho atrevimento.

Dito isto, resta apenas perguntar: quem quer jogar ao ‘onde está o altar’?

Por João Barros

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