JC RITCHIE SOMA SEGUNDO TÍTULO DO ANO ANIVERSARIANTE ‘DANI’ O MELHOR PORTUGUÊS

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O sul-africano JC Ritchie conquistou o 63.º Open de Portugal at Royal Óbidos. O seu  segundo título da época no HotelPlanner Tour, a segunda divisão do golfe  profissional europeu, garantiu-lhe a promoção e o regresso ao DP World Tour, a  primeira divisão, na próxima temporada.  

«Eu sabia que provavelmente já iria terminar a época no top-20 (da ‘Road to  Mallorca), mas agora posso começar a pensar em competir para fechar o ano no  top-5 e ainda tentar vencer a ordem de mérito», disse o jogador de 31 anos, depois  de somar 269 pancadas, 15 abaixo do Par, com voltas de 70, 66, 67 e 66. 

Uma vitória arrancada a ferros, que, a dada altura, parecia impossível, quando  sofreu 1 bogey no buraco 15. Mas depois, teve uma reação à campeão, com uma  ponta final de sonho, arrancando birdies nos três últimos buracos para a vitória.  Bateu por 1 única pancada o escocês David Law, o n.º1 do ranking do HotelPlanner  Tour, que tinha entrado para a última volta na liderança da prova. Law chegou a  ter (e a falhar) um putt para eagle no último buraco que tê-lo-ia levado a ‘play-off’.  O escocês, que este ano também já conquistou dois títulos na segunda divisão  europeia, apresentou voltas de 67, 66, 67 e 70. 

«No início da semana falei com o meu ‘caddie’, disse-lhe que os sul-africanos têm  ganho em Portugal, que tenho adorado vir cá nos últimos anos e que sempre quis  ganhar este torneio» frisou Ritchie. Tornou-se no segundo sul-africano a vencer o  Open de Portugal, depois de Garrick Higgo, em 2020, na primeira edição jogada  aqui em Royal Óbidos. Também o sul-africano George Coetzee ganhou o Portugal  Masters (do DP Worold Tour) em 2020.

Foi, realmente, a sua terceira participação no Open de Portugal at Royal Óbidos.  Em 2024 fora 15.º (-6) e em 2021 39.º (-4).  

Habituado a ser um ‘papa-torneios’ quando joga em casa – soma 10 títulos no  Sunshine Tour, o circuito profissional sul-africano –, JC Ritchie já está a começar a  fazer o mesmo neste circuito europeu, uma vez que apresenta agora um belo  pecúlio de seis títulos no antigo Challenge Tour.  

No entanto, os seus quatro primeiros troféus no HotelPlanner Tour, foram sempre  averbados no Zimbabué ou na África do Sul. Só este ano começou mesmo a ganhar  em solo europeu, primeiro na Alemanha, em julho, e agora em Portugal. 

«É, definitivamente, a minha melhor época de sempre na Europa, porque nunca  tinha jogado bem de forma consistente na Europa e era nos torneios sul-africanos  que vingava, pelo que acho que percebi finalmente como se joga na Europa»,  admitiu, depois de embolsar um prémio de 48 mil euros, de um total de 300 mil em  jogo. David Law contentou-se com 33 mil euros. O novo campeão do Open de  Portugal subiu do 8.º ao 6.º lugar na ‘Corrida para Maiorca’ e o vice-campeão  segurou o n.º1 do ranking. 

Numa época extremamente disputada, há agora quatro jogadores com dois títulos  do HotelPlanner Tour esta época: JC Ritchie, Daniel van Tonder, Renato Paratore e  David Law. 

O melhor português foi Daniel da Costa Rodrigues, que, apesar de não gostar de  competir no seu dia de aniversário, ofereceu hoje a si próprio um belo presente  por completar 23 anos, graças a uma volta final de 69 pancadas, 2 abaixo do Par.  Nos dias anteriores apresentara cartões de 70, 69 e 70. Foi apenas a segunda vez  na sua muito curta carreira que alinhou quatro voltas consecutivas abaixo do Par  em torneios deste circuito. 

‘Dani’ terminou no grupo dos 21.º classificados, com um agregado de 278 (-6). É a  sua segunda melhor classificação em torneios deste nível, depois de ter sido 18.º (- 7) no ano passado, na Áustria. Está a ser uma bela temporada para o antigo  amador de Miramar, ex-jogador do circuito universitário norte-americano.  Começou por ser o n.º1 da Ordem de Mérito do PT Tour, onde ganhou um torneio,  mais recentemente passou à segunda fase da Escola de Qualificação do DP World  Tour, e agora arrancou este ‘quase’ top-20.

«É sempre especial (ter sido o melhor português). Não é nada que tenha em mente  quando venho para cá. Eu hoje estava a torcer para que o ‘Figgy’ fizesse 10 abaixo  para subir uns bons lugares na ‘Road to Mallorca’, mas é sempre bom», disse Dani,  que ganhou 2776 euros e vai subir 27 lugares, para 175.º no ranking. Como ainda  vai jogar em Itália para a semana, mantém-se na luta para conseguir uma categoria  neste ‘Tour’ para o próximo ano. 

As classificações e resultados dos outros portugueses foram as seguintes:  34.º (empatado) Tomás Bessa, 170 (68+71+72+69), -4, €2190;  36.º (empatado) Pedro Figueiredo, 281 (70+70+69+72), -3, €1920;  66.º (empatado) Vasco Alves, 287 (69+70+72+76), +3, €735. 

Para a semana, em Itália, Tomás Melo Gouveia (eliminado após a segunda volta em  Royal Óbidos) e Tomás Bessa lutarão ainda pela possibilidade de integrarem o top 68 de acesso aos torneios da China, embora praticamente só a vitória lhes  interesse. Já Pedro Figueiredo terá uma hipótese de consolidar o seu estatuto de  top-45 que se apura para a Rolex Grand Final Supported by the R&A. Em Óbidos  até perdeu alguns lugares, caindo de 37.º para 40.º.  

O 63.º Open de Portugal, o mais importante torneio de golfe português, despediu se de Royal Óbidos, após seis anos no excelente campo desenhado pelo saudoso  Seve Ballesteros. O presidente da Federação Portuguesa de Golfe, Pedro Nunes  Pedro, ainda não confirmou para onde irá viajar o Open em 2026, e no seu discurso  na cerimónia de entrega de prémios, elogiou o enorme trabalho da equipa liderada  pelo proprietário de Royal Óbidos, Leonid Ranchinskyi.

 

 

Fonte:pressfpg

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