Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal apresenta o mural “O Milagre” da artista ZURIK

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O mural “O Milagre” da artista Zurik inaugura no dia 2 de junho, às 22h30, durante o arraial dos Navegantes no Salão Paroquial da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes no Parque das Nações.

Para marcar presença no espaço do Parque das Nações onde decorrerá a Jornada Mundial da Juventude, a Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa foi desafiada pela Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes do Parque das Nações, a desenvolver um mural no seu edifício.

A reconhecida artista colombiana Zurik com a proposta de intervenção artística “O Milagre” foi a vencedora deste concurso que resultará numa pintura da parede lateral do edifício do Salão Paroquial da Igreja da Nossa Senhora dos Navegantes. Foram recebidas dezoito propostas artísticas oriundas de quatro países.

Esta obra mostra uma cena entre Maria e Isabel, num abraço de alegria, superação e gratidão. Trata-se de uma intervenção onde predominam os tons de terracota, com um padrão de azulejos desenhados a partir da rosa-dos-ventos e a silhueta da cidade de Lisboa em grande formato, banhada por uma luz com duas interpretações: o nascer do sol (novas oportunidades, um recomeço, uma saudação) ou o pôr-do-sol (deixando para trás as dificuldades e os maus momentos). Integra ainda elementos realistas com elementos minimalistas e modernos, mas facilmente reconhecíveis, e uma paleta cromática que se incorpora no espaço e no edifício, com cores suaves.

A artista Zurik procura combinar elementos de pintura muralista, de graffiti, de cariz religioso, num fresco atual.

Esta intervenção resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Galeria de Arte Urbana e a Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes do Parque das Nações.

 

Sobre a artista:  

Zurik começou a pintar graffiti de forma autodidata na sua terra natal, Bogotá-Colômbia, em 2009, enquanto estudava design gráfico. Desde o início o seu trabalho centrou-se na construção de letras e peças de graffiti com um estilo orgânico e geométrico sem perder de vista a estrutura das letras, que é por princípio a característica mais forte dentro do graffiti writing e um dos seus maiores interesses. Depois de terminar os estudos e ter feito vários projetos em diferentes países como Austrália, México e Estados Unidos, mudou-se para Barcelona onde reside atualmente. O seu trabalho evoluiu ao longo dos anos, assim como o seu percurso profissional que, sem perder o graffiti como base, explora e acrescenta novos elementos. O mais representativo destes elementos são os rostos femininos, que inicialmente utilizou como base de estudo para melhor compreender o volume e a complexidade da transferência de uma figura para um grande formato com a maior precisão possível. Os rostos femininos tornam-se agora um elemento complementar do seu trabalho, uma forma de atingir diferentes tipos de público e conseguir uma relação diferenciada com o meio envolvente. Atualmente o seu trabalho centra-se em murais de espaços públicos, o que a mantém em constante viagem. Demonstra um interesse crescente pelo trabalho de atelier, apostando em manter uma relação entre o que pinta na rua e o que reproduz em formatos mais pequenos.

 

créditos fotográficos  CML/DMC/DPC Pedro Saramago.

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