A Galeria de Arte Urbana, da Câmara Municipal de Lisboa, lançou o desafio a 5 artistas cujos percursos são representativos das 5 décadas da história da arte urbana em Portugal, as mesmas 5 décadas de liberdade que este ano celebramos: António Alves, Youth One, +MaisMenos-, Kruella D‘Enfer e Arisca.
A partir de 20 de agosto e até 10 de setembro, é possível acompanhar, passo a passo, a criação das intervenções artísticas. Situadas em diferentes zonas de Lisboa, estas obras constituem um percurso simbólico pela Revolução dos Cravos.
António Alves (1957), muralista do PREC (Processo Revolucionário em Curso), o seu percurso passou, nas décadas de 1970/80, pela intervenção nas paredes como prática discursiva de resistência e de contrapoder, atividade que mantém aos dias de hoje.
Intervenção de 22 a 31 de agosto: Calçada dos Mestres/ Av. Calouste Gulbenkian – Parque Canino, 180 m2
Youth One (1974), writer old school, nasceu em plena revolução de Abril, sendo o seu trabalho representativo da década de 90 da arte urbana. Writer seminal, membro da mítica crew Paint Rackin Mafia, é um dos precursores da afirmação do graffiti em Portugal.
– Intervenção de 20 a 30 de agosto: Rua B ao Bairro da Liberdade, nº 1, 80 m2
+MaisMenos- (Miguel Januário) (1981), artista multidisciplinar, representa, neste programa, a década de 2000, inicia-se no graffiti (como Chaos e Kiss My Walls), marca a época em que a arte urbana cruza com diferentes géneros artísticos e suportes (design, vídeo, instalação, pintura, performance), contribuindo para levar a arte urbana para a cena da arte contemporânea.
– Intervenção de 20 a 24 de agosto: Avenida Gago Coutinho, nº 3, 180 m2
Kruella D‘Enfer (1988), artista visual e ilustradora, o seu percurso é representativo da década de 2010. Foi membro da crew feminina Only Girls Allowed e contribuiu para a afirmação das mulheres na arte urbana, procurando também o cruzar da arte urbana, design gráfico e ilustração.
– Intervenção de 3 a 10 de setembro: Teatro Taborda | Rua Costa do Castelo, nº 75, 180 m2
Arisca (1993), artista de pintura mural e ilustração, representa a nova geração feminina na arte urbana na década 2020. Tem contribuído para a afirmação feminina do muralismo e para a reflexão sobre corpo e identidade, interações e conexões sociais.
– Intervenção de 26 de agosto a 2 de setembro: Santa Apolónia | Rua dos Caminhos de Ferro, nº 58 e 66, 80 m2
A iniciativa culmina no dia 18 de setembro com uma conversa entre os cinco artistas, de entrada livre, no Teatro Taborda, às 18 horas.
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Fonte: cm-lisboa.pt
