Quarteto – Heiner Muller/ B. Bravo e Primeiros Sintomas

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Sobre Quarteto, peça escrita por Heiner Müller em 1981, logo proibida e acusada de imoralidade e pornografia na antiga Alemanha de leste, disse o autor ser resultado de uma leitura na “diagonal”, embora “compreendida em toda a sua potência”, de As Ligações Perigosas de Choderlos de Laclos. Objetivamente, Müller coloca em cena as duas personagens centrais da obra, o Visconde de Valmont (António Mortágua) e a Marquesa de Merteuil (Ana Brandão), mas subverte a dimensão espacial e temporal da ação, distendendo-a numa “distopia que tanto invoca um salão pré-revolução francesa como um bunker após a terceira guerra mundial”.

Como se não bastasse, através de um apurado jogo de espelhos em que cada um deles assume outros papéis, o dramaturgo alemão projeta um duelo verbal assente num “fino equilíbrio entre o declínio moral e a autodestruição”, proporcionando um dos mais geniais exercícios teatrais e poéticos da contemporaneidade sobre o poder e a sedução. [texto: Frederico Bernardino/ACL]

Reservas: reservas@primeiros-sintomas.com

Ficha técnica:

Primeiros Sintomas. Heiner Muller, texto; Bruno Bravo, encenação; Ana Brandão e António Mortágua, interpretação.

teatro
6 fevereiro a 9 fevereiro 2025
qui: 21h; sex: 21h; sáb: 21h; dom: 18h
CAL – Centro de Artes de Lisboa
Foto: ©Sérgio Lemos
Fonte: AgendaLX

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