Deveria ser o melhor verão de sempre. Tara, Skye e Em chegam a Mália, uma cidade na Grécia cheia de festas, para as derradeiras férias, a viagem entre amigas que todas as adolescentes britânicas desejam fazer no início da idade adulta. Tara é a única virgem e tem como missão mudar isso, enquanto as suas melhores amigas lançam o caos ao seu lado. A jovem de 16 anos bebe e dança pelas ruas, com os seus bares caóticos e discotecas sombrias, até que conhece dois rapazes na varanda do quarto do lado do hotel, que espera que lhe possam proporcionar um verão inesquecível.
Estreando-se na realização de uma longa-metragem com um olhar vibrante e compassivo sobre sexo, amizade, consentimento e o cheiro doce de umas férias de verão queimadas pelo sol, a realizadora e directora de fotografia Molly Manning Walker (Scrapper, Good Thanks, You?) pinta um retrato estimulante, comovente e dolorosamente familiar de um coming of age.
A inspiração veio da reflexão de Manning Walker sobre as suas próprias memórias de férias de ritual de passagem. Foi uma coisa de olhar para trás, para essas férias, para essa altura da minha vida, e perceber que os amigos me tinham definitivamente empurrado para situações ou que eu tinha empurrado outros, disse Molly numa entrevista do Festival de Sundance. Éramos todos tão competitivos e tão indelicados uns com os outros. A pressão que exercíamos uns sobre os outros não era nada saudável. Eu agora, nunca toleraria isso.
Sobre o ambiente frenético que vamos tendo ao longo do filme, o contraste entre a música estridente e o silêncio cada vez mais dissonante revela-se vital para a compreensão do espectador sobre a viagem de Tara. Algo que reconheci quando voltámos a explorar [os locais] e algo de que me lembro quando era adolescente e estava lá é que raramente há silêncio nesses espaços, explica Manning Walker durante o debate pós-estreia do filme. Somos acordados pelo baixo. Isso perturba-nos. Ouvimos as pessoas a gritar ou somos acordados por outra festa, e é simplesmente implacável. E depois, quando entras no táxi a caminho de casa, a coisa desvanece-se como se disséssemos: ‘Uau, o que é que acabou de acontecer?
Molly Maning Walker lança assim um olhar espirituoso, matizado e, em última análise, devastador sobre os meandros da amizade feminina e da sexualidade adolescente que a levou a ganhar o prémio Un Certain Regard no Festival de Cannes.
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Fonte: Filmin.pt