No ano em que se comemora o 40.º aniversário do Centro de Arte Moderna (CAM), esta exposição revela-se uma oportunidade para revisitar algumas das obras mais marcantes da Coleção do CAM, adquiridas desde o final da década de 1950 pela Fundação Gulbenkian, mas também ficar a conhecer obras menos vistas, ou inéditas, para o público.
A Fundação Calouste Gulbenkian comprou as primeiras obras de arte moderna no final dos anos de 1950 com o objetivo de integrarem exposições temporárias itinerantes organizadas pela instituição. Adquiriu também obras aos seus bolseiros, no âmbito do apoio aos artistas concretizado logo após a sua criação, em 1956. O que viria a ser a Coleção do CAM foi ganhando forma, contando atualmente com aproximadamente 12 mil obras.
Durante os anos de 1960, a aquisição dos primeiros conjuntos de obras contou, desde logo, com artistas que viriam a ser incontornáveis no panorama artístico nacional e internacional, como Amadeo de Souza-Cardoso, José de Almada Negreiros e Maria Helena Vieira da Silva. As obras de arte britânica foram, em grande parte, adquiridas entre 1960 e 1965 e reúnem nomes tão relevantes como David Hockney e Bridget Riley.
A vontade de construir um espaço que albergasse a coleção de arte moderna que então se formava, e que já agrupava um número significativo de artistas nacionais e internacionais, é oficializada em 1979. O Centro de Arte Moderna inauguraria a 20 de julho de 1983, contando com um programa inovador que vinha colmatar a inexistência de um museu em Portugal dedicado à difusão da arte do século XX.
A partir daí, o crescimento da Coleção foi exponencial e conduziu à aquisição de obras de uma grande diversidade de artistas, meios e suportes. Construída ao longo de mais de 60 anos, a Coleção do CAM é o resultado de encontros, aproximações, ruturas, relações estéticas e, nessa medida, apresenta linguagens artísticas diferenciadas.
Com uma apresentação inovadora, Histórias de uma Coleção pretende integrar um espectro de obras que abrange diferentes épocas, geografias e dinâmicas artísticas, através de novas narrativas e interpretações. Serão assinalados momentos-chave que exploram a constituição da Coleção do CAM, acompanhados de um catálogo, com ensaios inéditos das curadoras da exposição, entre outros, além de uma programação paralela à exposição que procurará abrir espaço de reflexão sobre o que representa a Coleção do CAM e sobre modelos de colecionismo, para que o público se aproxime cada vez mais das obras da Coleção e das histórias que têm para contar.
Curadoria
Ana Vasconcelos
Leonor Nazaré
Patrícia Rosas
Rita Fabiana
- SÁB,
- ENCERRA À TERÇA
Local
Galeria PrincipalFundação Calouste GulbenkianFonte: gulbenkian.pt