Grande Entrevista – Luís Filipe Castro Mendes

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Regresso

Já voltei a casa, as portas rangem, o pó tomou conta de todos os móveis, deixando-me de pé, a balançar as chaves e a interrogar-me sobre o que não fiz. (…)

Excerto do poema “Regresso” de Luís Filipe Castro Mendes, in “Outro Ulisses Regressa a Casa”, Assírio e Alvim

Estava no metro, em Paris, quando foi surpreendido pelo telefonema de António Costa convidando-o para o cargo de Ministro da Cultura do XXI Governo Constitucional. A aproximação do fim da carreira diplomática por limite de idade e a proximidade ideológica com o Partido Socialista e, em particular, com a “geringonça” engendrada pelo líder do PS para governar o país pesaram na decisão de aceitar o desafio. Luís Filipe Castro Mendes, poeta e diplomata, para usar a célebre expressão de Vinicius, regressava a casa. Quando aceitou o convite talvez não imaginasse o quanto a falta de “Misericórdia dos Merca- dos” dizimara a casa que vinha gerir. O magro orçamento da cultura num país em resgate, a diminuição de quadros no ministério, a polémica com o fecho da Cornucópia, as salas de exposição encerradas no MNAA por falta de vigilantes e o recente aluguer do Panteão para um jantar de convidados da Web Summit, colocaram o foco das atenções num poeta habituado à diplomacia de bastidores.

Foi no recato do seu gabinete no Palácio Nacional da Ajuda que conversámos com o Embaixador Luís Filipe Castro Mendes, um homem sereno, mas contundente e apostado em levar a cultura a todos, apesar dos parcos recursos atribuídos ao seu Ministério pelo recentemente aprovado Orçamento Geral do Estado para o próximo ano.

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