Festival Imaterial – 4ª edição

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A cada edição, o Imaterial vai-se revelando, dando mostras da sua vontade própria e do seu natural crescimento. Da mesma forma, a sua identidade encontra-se cada vez mais definida, assemelhando-se de forma mais clara com a ideia e proposta cultural de “Imaterial” que foi pensada num primeiro momento, sem nunca perder o seu foco, centrado no conceito de “Pensar e Viver o Património”.

Neste contexto, a programação da 4ª edição do Festival Imaterial integra concertos, um ciclo de cinema documentalconferências e conversaspasseios pelo Património e, pela primeira vez, atividades para escolas e famílias que promovem a interação com artistas internacionais, focando a programação nas novas gerações, privilegiando a criatividade dos mais novos e o diálogo com clássicos, dentro dos seus variados estilos.

Em 2024, o Festival Imaterial reforça, também, a parceria com a IN2PAST, Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território que, nesta edição, vai coincidir com a primeira Escola Doutoral/ Boot Camp In2Future de 18 a 24 de maio.

IN2PAST será também responsável pela organização de grande parte das Conversas e encontros entre personalidades de destaque que vão debruçar-se sobre temas como “A música e a ideia de património” (18 maio), “Unir Património e Futuro: Uma Abordagem Interdisciplinar para Futuros Sustentáveis” (22 maio) ou “A revolução terminou?” (25 de maio).

Legenda: “A revolução terminou”, Estúdio Horácio Novais – Biblioteca de Arte Gulbenkian

A busca pela ligação com a paisagem, como tinha sido imaginada desde o início, leva a que o Imaterial continue a fazer do magnífico Teatro Garcia de Resende a sua sala de honra, enquanto propõe escutar alguns dos seus protagonistas em espaços como o Cromeleque dos Almendres ou a Herdade do Freixo do Meio.

A música está presente diariamente na programação do Festival Imaterial através de sessões diárias no Teatro Garcia de Resende. Cada sessão integra dois concertos por noite, de artistas nacionais e internacionais que representam um encontro perfeito entre o passado e o presente, criando uma ponte para o futuro através da sua música.

Numa programação que percorre os quatro cantos do mundo em nove dias de concertos, é possível encontrar nomes como Mísia e emmy Curl mas também Emel, artista tunisina e uma das vozes da Primavera Árabe, diretamente ligada à luta pela Liberdade.

A estes nomes juntam-se Abraham Cupeiro & Orquestra de Câmara da Eborae Musica (Galiza/Portugal), Os do Fondo da Barra (Galiza), Carles Dénia – El Paradís de les Paraules (Comunidade Valenciana), Tablao de Tango (Argentina), Dasom Baek (Coreia do Sul), Meher Angez Trio (Paquistão), Duo Ruut (Estónia), Ustad Noor Bakhsh (Paquistão), Lena Jonsson & Johanna Juhola (Suécia / Finlandia), Maite Larburu (País Basco), Parveen & Ilyas Khan (Índia), Davide Ambrogio (Calábria), Cocanha (Occitania), Melisa Yildirim & Swarupa Ananth (Turquia/Índia) e Tomasito (Andaluzia).

Cada sessão dupla tem um custo único de 3 euros e os bilhetes para estes concertos estão disponíveis a partir de dia 19 de abril.

 

1) Mísia – © Augusto Brázio
2) emmy Curl – Foto @Andreas Sidenius e edição @Pastoral
3) Emel (c) Amber Gray
4) Maite Larburu

 

Auditório Soror Mariana volta a receber o Ciclo de Cinema Documental que reúne uma seleção de filmes com curadoria da Professora Lucy Durán, vencedora do Prémio Imaterial 2022.

O tema central do Ciclo de Cinema Documental da 4ª edição do Festival é a relação entre a música tradicional e a terra, abrangendo um amplo foco geográfico (do Quirguistão a Cuba) e um período de 50 anos. Todos os filmes que integram este ciclo são documentários etnográficos excepcionais de realizadores aclamados.

O documentário mais antigo é de 1984, “What’s Cuba Playing at”, realizado por Mike Dibb e o mais recente é de 2024, “The Nightingales’ Song”, realizado por Emmanuel Vaughan-Lee e Adam Loftena, que tem a sua Estreia Europeia nesta edição do Festival Imaterial.

1)  “What’s Cuba Playing at”, Mike Dibb (1984)
2) “The Nightingales’ Song”, Emmanuel Vaughan-Lee e Adam Loftena (2024)

 

E em tempos como aqueles que vivemos, em que as tentativas de promover a desconfiança do desconhecido se multiplicam, o Imaterial inaugura uma nova área de programação que inclui uma sessão para escolas e famílias com um encontro com os músicos Parveen & Ilyas Khan (Índia) que visitam Évora no âmbito da realização do Festival. Para que, desde cedo, se aprenda a escutar quem tem uma voz diferente da nossa.

No dia 19 de maio haverá ainda lugar para uma Visita ao Montado & Mesa para Todos, na Herdade do Freixo do Meio, incluindo um espetáculo de Os do Fondo da Barra & Cantares de Évora num encontro único entre as culturas da Galiza e de Portugal.
Esta atividade encontra-se sujeita a inscrições prévias, limitadas aos lugares disponíveis, com um custo associado.

O Imaterial nasceu em Évora, à sombra do estatuto de Património Imaterial da Humanidade atribuído pela UNESCO ao Cante Alentejano, mas também de olhos na classificação do centro histórico de Évora como Património Mundial da Humanidade. E, desde logo, o desejo foi o de criar ligações entre estas duas dimensões patrimoniais, colocar a música a dialogar com a paisagem (mais ou menos edificada), deixando que as histórias cantadas hoje possam comunicar com as histórias que atravessam séculos e estão impregnadas nas paredes da cidade e nos lugares que a circundam.

O Festival Imaterial é uma organização do Município de Évora e da Fundação Inatel, com produção executiva da Gindungo e direção artística de Carlos Seixas, sendo um dos acontecimentos culturais que contribuiu para fazer de Évora a candidatura vencedora a Capital Europeia da Cultura em 2027 e cuja 4ª edição se realiza no ano em que se comemoram os 50 Anos do 25 de Abril.

 

Fonte: creativebysc.eu

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