Nome vulgar : Dragoeiro
O dragoeiro deve ao seu valor ornamental e utilitário e à sua capacidade de adaptação o facto de ter viajado para destinos espalha- dos por todos os continentes. Em Lisboa é uma marca da Macaronésia presente principalmente em jardins com carácter histórico e botânico, dos quais destacamos: Parque Botânico da Tapada da Ajuda, Jardim Botânico da Ajuda, Jardim Botânico de Lisboa, Jardim Botânico Tropical e Jardim da Estrela.
Foi a cor da sua seiva, designada sangue-de-draco, que depois de oxidada forma uma resina de cor vermelho sangue, que fundamentou o seu nome. Aquela seiva, utilizada em fármacos e em tinturaria, constituiu nos tempos iniciais de povoamento europeu da Macaronésia um importante produto de exportação.
É uma planta com elevado valor estético, devido à sua estrutura singular, mas encontra-se vulnerável no estado selvagem devido à importância da sua seiva e à destruição e ocupação do seu habitat devido à expansão das áreas agrícolas e urbanas.
Planta perenifólia de porte arbóreo, até 8 m de altura, copa densa, umbeliforme, de grande diâmetro, com seiva vermelho-escura, o seu tronco é robusto e fibroso e apresenta um ritidoma de cor acinzentada. As suas folhas são coriáceas simples, de cor verde acinzentado, acastanhada na base. As inflorescências são longas (60-120 cm de comprimento), com flores numerosas, de cor verde-esbranquiçado, aromáticas e dispostas em panículas. O seu fruto é uma baga, esférica (cerca de 15 mm de diâmetro), inicialmente esverdeada, tornando-se alaranjada quando madura. É uma espécie originária da região biogeográfica atlântica da Macaronésia, nativa dos arquipélagos das Canárias, Madeira e Açores e aparece também em Cabo Verde.
Referências:
Vasconcelos, T., Soares, A.L., Cunha, A.R., Forte, P. & Arsénio, P. (2018, Outubro). Dracaena draco (L.) L. subsp. caboverdeana Marrero Rodr. & R.Almeida. Parque Botânico da Tapada da Ajuda, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa. 2 p.
por
Ana Luísa Soares
Ana Raquel Cunha