O Lisboa Soa 2025 começa este sábado, 11 de outubro, e decorre até dia 19, reunindo artistas, investigadores e público em torno do som enquanto prática artística e experiência partilhada.
Com curadoria de Raquel Castro e organização da Associação Sonora, o festival ocupa este ano os Jardins do Hospital Miguel Bombarda, a Mitra Santa Casa – Lisboa e a ZDB 8 Marvila, sob o tema “Energia em Fluxo”, que reflete sobre o som como força vital e relacional entre corpos, lugares e tempos.
Mais do que um conjunto de propostas artísticas, o Lisboa Soa afirma-se como um espaço de escuta e de pensamento. Através de instalações, performances, oficinas e soundwalks, o festival propõe uma abordagem sensível à cidade, convidando a uma atenção mais profunda à energia que a atravessa.
“A energia é o nosso ponto de partida e de chegada. É força, mas também relação. No Lisboa Soa procuramos essa energia que une corpos e espaços e que nos permite compreender o som como presença viva”, afirma Raquel Castro, diretora e curadora do festival.
Programação e principais momentos
A inauguração, a 11 de outubro, tem lugar nos Jardins do Hospital Miguel Bombarda, com a mesa-redonda “Arte Sonora, Ciência, Ecologia e Sociedade”, que irá juntar vários artistas em diálogo cruzado com a investigadora Rita Santos, a oficina Barulhário (atividade para famílias), a inauguração da exposição coletiva O Ar que Circula — que transforma o antigo Panóptico num espaço de escuta e partilha — e a performance para Cristal Baschet de João Pimenta Gomes, que encerra o primeiro dia do evento.
A partir de 13 de outubro, as instalações sonoras permanecem abertas para visitas guiadas previamente reservadas, convidando o público a explorar o som como experiência sensorial e social.
Entre os principais momentos da programação:
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Performances de Merche Blasco (Fauna, 16 OUT), Francisco López (VirtuAural Electro-Mechanics, 18 OUT), Henrique Fernandes, Jorge Quintela e Inti Gallardo (Omnispectrum, 18 OUT) e Jonathan Uliel Saldanha (Vox Humana, 19 OUT), entre outros.
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Instalações que interligam som, matéria e tecnologia, como The Chill Out Zone de Taiga Trigo, SÄGEZAHN de Andreas Trobollowitsch e Urban Interference de Wouter Jaspers.
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Oficinas e soundwalks que exploram a escuta enquanto prática de atenção, com propostas de Ivo Louro, Clara de Asís e Vittoria Assembri, entre outros.
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A 19 de outubro, a Mitra Santa Casa – Lisboa acolhe a tarde de encerramento, com uma sequência de performances dedicadas à escuta expandida, reunindo Rie Nakajima & Pierre Berthet, Vittoria Assembri, Nico Espinoza e Jonathan Uliel Saldanha.
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No mesmo dia, a programação estende-se à ZDB 8 Marvila, com a masterclass de Francisco López, dedicada aos “fluxos sociais e ambientais na criação sonora”, encerrando o festival com uma reflexão sobre escuta, espaço e prática artística.
Escutar a cidade, criar espaço
Entre 11 e 19 de outubro, o Lisboa Soa transforma Lisboa num território de escuta. A cidade torna-se campo de experimentação e de partilha, onde a energia circula entre o humano e o não humano, entre o visível e o invisível.
O evento propõe uma experiência sensorial e coletiva que devolve à escuta o seu poder de reflexão, encontro e transformação.
A entrada é livre, mediante inscrição prévia nas ações formativas e no caso da programação nos Jardins do Bombarda / Panóptico do Hospital Miguel Bombarda.
Toda a programação detalhada, assim como os links para inscrição nas atividades, está disponível em www.lisboasoa.com.
Nota importante: A programação do Lisboa Soa 2025 está sujeita a alterações. Recomenda-se a consulta regular do website oficial — www.lisboasoa.com
— para informações atualizadas e completas.
Datas: 11 a 19 de outubro de 2025
Locais: Panóptico do Hospital Miguel Bombarda / Jardins do Bombarda, Mitra Santa Casa – Lisboa e ZDB 8 Marvila
Tema: “Energia em Fluxo”
Entrada: Livre na maioria das atividades | Algumas mediante inscrição e/ou valor simbólico
Sobre o Lisboa Soa
O Lisboa Soa é um festival anual de arte sonora, ecologia e cultura auditiva que explora a intersecção entre som e ambiente. Ao longo de oito edições (2016–2023), o festival percorreu diversos locais icónicos de Lisboa – desde a Tapada das Necessidades e a Estufa Fria, aos Reservatórios da EPAL, Mercado de Santa Clara, Panteão Nacional, Teatro Romano, Carpintarias de São Lázaro ou o Quartel do Largo Residências, entre outros.
Em cada edição, o Lisboa Soa procura transformar espaços públicos através de instalações sonoras e momentos de escuta, convidando a comunidade a redescobrir a cidade pelos ouvidos.
A missão do festival é estimular a escuta consciente como ferramenta de entendimento do meio ambiente – natural e social – promovendo uma sensibilidade ecológica através da arte sonora.
Organizado pela associação cultural SONORA e com direção artística de Raquel Castro, o Lisboa Soa 2025 conta com a parceria estratégica do Largo Residências e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que possibilitam ativar o Panóptico do Bombarda e a Mitra de Lisboa como espaços culturais temporários.
O festival conta com financiamento da DGARTES e com o apoio de diversas entidades, entre as quais a Embaixada de Espanha, a FLAD, bem como uma co-produção com o TBA, além de outras organizações que tornam possível esta nona edição. Todas as atividades do Lisboa Soa têm entrada livre, reafirmando o compromisso do festival com a acessibilidade e a inclusão cultural.
Fonte: saradoespr.com




