Há quase uma década o Teatro Praga apresentava, na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II, a sua primeira incursão na revista à portuguesa, Tropa-Fandanga. Perante a surpresa, Pedro Penim sublinhava não ser assim tão estranho encontrar semelhanças no trabalho dos Praga com o teatro de revista, lembrando “não nos apoiarmos numa linha narrativa com princípio, meio e fim; estabelecermos sempre uma relação de grande frontalidade com o público; ou apostarmos constantemente na colaboração interdisciplinar entre teatro, vídeo, música ou artes plásticas.”

Se Tropa-Fandanga apostava em passar “revista” ao século XX (estreou no ano de centenário do início da I Guerra Mundial e de 40 anos sobre o fim da Guerra Colonial), Bravo 2023! é, como o próprio nome indica, “um balanço final” do ano que finda, feito “de elogios e louvores, de acidentes, tragédias, risos e críticas, que procura o modo mais justo para tempos conturbados, onde os passados e as geografias se misturam”. Assim, os Praga traçam aquilo que chamam “um atlas dos eventos mais marcantes do ano”, com a atriz Marina Mota como grande atração e as músicas originais de Pedro Mafama a darem ritmo a “um espetáculo alegre, estouvado, para sacudir os espíritos mais calados e agitar o público.” FB

Créditos: Marina Mota©Carlos Pinto