Where We Are

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Where We Are é a primeira exposição do grupo artístico Norueguês “Open Space”, em Portugal, com abertura a 6 de Novembro no Centro Cultural de Cascais – Fundação Dom Luís I. Para este evento, o grupo criou novos trabalhos individuais in situ.

As peças de Pacini são feitas de materiais destinados a outros fins que tentam alargar as fronteiras da escultura, da percepção e do sentido. O seu trabalho convida e encoraja o visitante a circular em torno das esculturas individuais para as experienciar por completo, tornando os objectos estáticos aparentemente vivos.

Lalim irá apresentar uma série de quadros em alumínio e folha de ouro com um efeito tridimensional. As peças apontam para a reconstrução do espaço, aludindo a detalhes arquitectónicos e à escala de cores do edifício do museu, um antigo mosteiro carmelita. Tematicamente, a prática de Lalim envolve noções de arqueologia, de espaço e de arquitectura. O seu trabalho é caracterizado pela exploração das possibilidades visuais no espaço, bem como por ter qualidades meditativas, referenciando a experiência do tempo.

As imagens do farol próximo do museu são o ponto de partida para Istad ao criar uma nova série de fotografias abstractas que exploram a luz que define o espaço. Na sua prática, Istad examina a arquitectura e o seu efeito nos humanos a nível individual, sintonizando-a agora com um foco na luz e os seus efeitos redutores, espirituais e positivos. Situados entre a fotografia e a pintura, os trabalhos de Istad não são manipulados digitalmente, sendo os seus motivos, ao invés, criados e distorcidos manualmente com uma lente partida.

Isdahl irá apresentar uma série de novas pinturas e trabalhos para murais em acrílico sobre madeira e MDF. Os trabalhos intitulam-se “HER”. O duplo sentido de “HER” aponta para um pronome feminino em Inglês e “here” (aqui) em norueguês. Ao trabalhar nas intersecções entre pintura, objecto e escultura, Isdahl situa a sua prática num contexto arquitectónico. Os seus trabalhos passam geralmente por minuciosos processos de simplificação e exploram o escultural na pintura e o pictórico na escultura, bem como as posições intermédias e os diálogos que surgem pelo meio.

Declaração Curatorial
Após dez anos de colaboração, Mona K. Lalim, Christine Istad, Hennie Ann Isdahl, e Lisa Pacini do grupo “Open Space” apresentam a sua maior exposição internacional até à data. Onde Estamos abre no centro cultural Fundação Dom Luís I, em Cascais, Portugal, em Novembro de 2020, sendo a curadoria da responsabilidade do director do museu, Salvato Teles de Menezes, e da curadora Isabel Alvarenga.
Onde Estamos junta quatro práticas artísticas individuais que exploram as fronteiras entre o espaço construído e o espaço abstracto ao relacionarem-se com um vasto conjunto de relações activas entre o detalhe e a totalidade, a função e a superfície. No trabalho destas artistas, os campos convergentes entre o abstracto e o concreto são o ponto de partida para a exploração de como os objectos e o espaço estabelecem uma interface com questões composicionais, materiais e conceptuais. “Open Space” refere-se com frequência à noção de história ou lugar, abordando estas ideias no sentido arquivístico, formalmente, ou por vezes oportunisticamente.
Representando práticas distintas e separadas, a decisão das quatro artistas em expor enquanto grupo significa o estabelecimento de um palco partilhado para as suas intervenções in situ. Neste sentido, o grupo “Open Space” é também um meio para a manifestação e investigação do espaço partilhado entre Istad, Isdahl, Lalim e Pacini. As artistas individuais, porém, não pertencem a um “lugar único”, pois trazem consigo uma multiplicidade de experiências e origens. Como tal, “Open Space” torna-se um espaço de trabalho dinâmico entre as quatro artistas, onde o foco é o entendimento do espaço como um complexo ambivalente e móvel num contexto culturalmente específico.
As artistas de “Open Space” estão consagradas no mundo de arte contemporânea na Noruega tendo recebido vários prémios, bolsas e encomendas. Para além de “Traveling Sun”, um projecto colaborativo de Istad e Pacini criado entre 2012 e 2016, a exposição será composta por novos trabalhos.
Hennie Ann Isdahl vive e trabalha em Oslo. É uma pintora que trabalha na intersecção entre a pintura e a escultura, sendo a cor uma parte importante do seu trabalho. É licenciada pela Academia de Belas Artes, Bergen, Academia de Arte e Design, Bergen, e pela École Nationale Supérieure des Beaux-Arts (atelier P. Mattey), Paris, França. O seu trabalho foi exposto no Museu de Arte de Gotemburgo, no Museu Nacional de Arte da Noruega, no Kunstnernes Hus, UKS, na Galleri LNM, na Sociedade Artística de Oslo, na Galleri F 15, no Centro de Arte de Akershus, Kunstnerforbundet, no Museu de Arte de Lillehammer, no Museu de Arte de Trondheim, no Museu de Arte KODE, Bergen, na Galeria Zoellner, EUA e na Sociedade Artística de Tromsø. Isdahl criou obras encomendadas pelo Departamento de Psicologia, Universidade de Oslo (2007), e pela Universidade de Tromsø (2018). As suas criações encontram-se nas colecções da LUAG, PA, EUA, no Museu de Arte Contemporânea da Noruega, no Statoil Gullfaks C, no Aker Stord, Bergen Kino, e em várias colecções particulares. Foi curadora do Vestlandsutstillingen e da exposição colectiva do Aniversário LNM. É professora associada da Universidade Norueguesa de Ciências da Vida, onde lecciona arte. Recebeu financiamento para vários projectos e bolsas para produção artística, e em 2008 foi-lhe atribuído um Rendimento Garantido.

Istad trabalha com fotografia, vídeo e instalação. Vive e trabalha na Noruega, tendo participado em exposições individuais e colectivas tanto na Noruega como no estrangeiro.

Fez exposições individuais no Museu de Arte KUBE, no Centro de Arte Henie Onstad, no Centro de Arte de Oslo ou na Galeria Semmingsen, entre outros. Colaborou em várias exposições regionais na Noruega e na Cosmoscow 2018. Fez parte de exposições colectivas na LNM, no Museu de Arte KUBE, no Centro de Arte Henie Onstad, no Centro de Arte de Oslo, na Galeria Zoellner (EUA), no Marres Maastricht, no Museu de Arte e Ciência de Louisiana, no Bergen Art Hall e no Tromsø Art Hall. Formou-se na Escola de Arte Strykejernet, na Escola de Comunicação Westerdals e na Parsons School of Design, em Nova Iorque. Istad foi responsável pela criação do grupo artístico activista “Guerrilla Plastic Movement”, em 2016, com 11 membros. “Traveling Sun” é uma viagem pela estrada e um projecto de arte in situ do IstadPacini ArtLab, 2012-2016. Os artistas queriam trazer luz aos escuros meses de inverno no norte, conhecer pessoas, e partilhar com o resto do mundo a beleza da natureza intocada que pode ser encontrada nos países nórdicos. Distância: Oslo-Tromsø-Kirkenes-Bergen-Londres-Rjukan-Oslo-Reykjavik-Mo i Rana, total 13000 km.

As exposições temáticas de Mona K. Lalim foram organizadas em galerias e museus da Noruega como, por exemplo, no Museu Drammen, Galeria LNM, Galeria Semmingsen, Centro de Arte Contemporânea de Troendelag, Centro de Arte Henie Onstad, Kunstnernes Hus, Centro de Arte de Akershus, Kunstnerforbundet, Museu de Arte de Soerlandet e das Associações de Arte de Trondheim, Bryne, Oslo e Aalesund, bem como no estrangeiro, no Museo Palazzo Della Bonifica, Itália, Museu LUAG, EUA, Pierides Pinakotek, Museu de Arte Moderna, Atenas, Museu St. Annen, Alemanha. Recebeu várias encomendas monumentais na Noruega, como, por exemplo, dos Municípios de Fredrikstad e Baerum, e no estrangeiro, da Caribbean Cruise Lines, Hapag-Lloyd, Viking Ocean Cruises, entre outros. O seu trabalho foi encomendado pela Colecção de Arte Aker ASA, Roma, Museu St. Annen, Alemanha, Colecção LUAG, PA, EUA, Conselho de Cultura da Noruega, Colecção de Arte Eiendomsspar AS, Oslo, Centro Médico Cathinka Guldberg, LHL, Hospital Feiring, Nordic Trustee, Colecção de Arte do Hotel Continental, Hospício Stabekk, Centro Médico Solvik, Colecção de Arte do Município de Baerum, Colecção de Arte KPA, Conselho das Artes da Noruega e a Colecção de Arte do Município de Trondheim, entre outros. Lalim recebeu várias bolsas e apoios para projectos do Governo Norueguês, do Conselho de Arte da Noruega, Vederlagsfondet, da Embaixada da Noruega em Roma e em Portugal, e da Fundação Americano-Escandinava, EUA. Foi-lhe atribuído o GI – Rendimento garantido para artistas, do Governo da Noruega, desde 2008. Vive e trabalha perto de Oslo e tem uma segunda casa e estúdio próximo de Roma.

Pacini é uma artista norte-americana que vive e trabalha na Noruega. O foco do seu trabalho centra-se em projectos públicos, auto-produzidos e in situ, como a Casa Nacional do Artista, o Jardim do Palácio Real, a antiga Casa da Ópera e o edifício central do governo norueguês, Oslo. Foi escolhida para participar em exposições na Alemanha e nos Países Baixos, e foi artista convidada no Instituto Escandinavo e na Academia Americana, ambos em Roma. As suas obras foram adquiridas, pela Colecção LUAG, PA, EUA, pelo Museu de Oslo, pelo Município de Baerum e por colecionadores particulares entre outros. É formada pela Escola de Design de Rhode Island, Universidade de Yale, S.U.N.Y Purchase e pela Academia de Arte Nacional da Noruega. Pacini recebeu financiamento para vários projectos, bolsas para criação artística e apoios dos governos da Noruega, dos Países Baixos e da Alemanha. “Traveling Sun” é uma viagem pela estrada e um projecto de arte in situ do IstadPacini ArtLab, 2012-2016. Os artistas queriam trazer luz aos escuros meses de inverno no norte, conhecer pessoas, e partilhar com o resto do mundo a beleza da natureza intocada que pode ser encontrada nos países nórdicos. Distância: Oslo-Tromsø-Kirkenes-Bergen-Londres-Rjukan-Oslo-Reykjavik-Mo i Rana, total 13000 km.

 

Fonte Fundação Dom Luís

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