Voluntariado, dedicação sem fronteiras

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Ser voluntário é um ato de amor genuíno que deixa uma marca positiva na vida de alguém. A dedicação e a generosidade dos voluntários é, em muitos casos, fundamental na ajuda direta aos mais fragilizados.

Um gesto, uma palavra, um abraço. Por vezes, apenas pequenos e simbólicos atos que, por serem genuínos e abnegados, fazem a diferença na vida de alguém que deles precisa, mas também na vida de quem os tem.

Também na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), desde a sua origem, os voluntários têm acompanhado a história e a evolução da instituição, assumindo um papel estruturante no cumprimento da sua missão, contribuindo para a concretização de novos projetos e desafos.

A missão da Santa Casa é a melhoria da qualidade de vida das pessoas, sobretudo, daquelas que se encontram em situação de maior vulnerabilidade. Esta missão congrega profissionais e voluntários, sendo que estes complementam a ação dos colaboradores.

O voluntariado existe na Santa Casa com uma estrutura formalmente organizada desde 1998, iniciando a sua atividade com 89 voluntários. Atualmente, no ano em que este serviço cumpre 20 de existência, são mais de 400 aqueles que, anualmente, auxiliam a instituição na prossecução da sua missão nas mais variadas áreas, desde a Ação Social à Cultura, doando um pouco do seu tempo, conhecimento e amor em favor de uma sociedade mais igualitária. A entrega destes voluntários chega a cerca de oito mil utentes da SCML.

Assumindo a SCML na cidade de Lisboa competências do Estado, no âmbito da Ação Social, tem, por isso, uma rede diversificada de serviços e equipamentos onde é possível desenvolver a atividade voluntária, de acordo com os interesses, expetativas e disponibilidades de cada um. Também os seus serviços de Saúde, Cultura, entre outros, integram voluntários.

Na Santa Casa estas pessoas são uma companhia para um idoso que beneficia dos serviços de apoio domiciliário, um amigo para uma criança em acolhimento residencial, ou um apoio para alguém que recupera de uma lesão. São isto e muito mais. No fundo, são autênticos anjos da guarda para aqueles que por uma ou outra razão mais precisam do apoio da Misericórdia.

São também pessoas com as mais variadas profissões ou formação profissional, que aplicam os seus conhecimentos e paixões naquela que é uma atividade que só pode ser feita com essa mesma paixão que os move.Desde aulas de Tai-Chi para idosos, passando por explicações para crianças e jovens ou aulas de piano e canto para criança, ou até de alguém que chega de outro país e ensina a fazer pratos tradicionais da sua terra, são inúmeros os exemplos mais ou menos óbvios de atividades que são feitas pelos voluntários da Santa Casa.

Intercâmbio de experiências

São cada vez mais as pessoas que encaram o voluntariado como uma forma de estar na vida. Homens e mulheres, estudantes, reformados ou em idade ativa, dedicam o seu tempo a ajudar quem mais precisa, bastando um sorriso para que tudo valha a pena.

Como em tantas outras áreas da nossa sociedade, também no caso do voluntariado não há fronteiras. A Misericórdia de Lisboa integra desde 2017 um projeto de voluntariado europeu. O convite partiu da Confederação das Misericórdias Italianas, que desabafou a Santa Casa a participar no Serviço Voluntário Europeu, no âmbito do programa Erasmus +.

Com a participação neste projeto, a Santa Casa de Lisboa tem desde então um intercâmbio de jovens voluntários de Itália e de Portugal, entre os 18 e os 30 anos, com a primeira de todas as Misericórdias, a de Florença.

Como foi referido, esta iniciativa insere-se no Serviço Voluntário Europeu, financiado pela Comissão Europeia através do programa Erasmus +. O objetivo desta experiência é que sejam desenvolvidas competências pessoais e sociais, de modo a facilitar a transição para a vida adulta, a empregabilidade e potenciar a construção de uma cidadania europeia.

Se o voluntariado é uma forma de deixar uma marca na vida de outra pessoa, com este projeto abrem-se novas possibilidades de fazer exatamente isso, mas noutros contextos e culturas, com uma missão comum, a de ajudar quem mais precisa.

Por: Paulo Rosa
Foto: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

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