VILAR DE MOUROS – MY REFLECTION  

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Crónica da edição 2019 do festival mais antigo da Península Ibérica  

 

Nas semanas que antecederam a minha ida, estava deveras entusiasmado. Confesso, principalmente porque iria ser a primeira vez que pisaria o solo sagrado do mítico Festival de Vilar de Mouros (um crime, eu sei), uma referência no panorama festivaleiro nacional, europeu e, porque não dizê-lo, mundial. Uma pequena aldeia ‘gaulesa’ que, à semelhança das famosas histórias de Uderzo & Goscinny, se reveste de uma aura mística e onde as suas gentes são deveras irredutíveis e orgulhosas do seu petit pedaço de paraíso.  

Cheguei e assentei arraiais na quarta-feira, dia 21 de Agosto, portanto, um dia antes do helter skelter das filas e dos concertos. Fui bem recebido, menos pela abundante mosquitada que por esta altura já tinha marcado o seu território e que não estava disposta a dar tréguas, no que iria ser uma batalha que se prolongaria até ao fim do festival. Repelente pelo corpinho e a (possível) armadura pronta, let the games begin. 

Eram, por esta altura, já umas nove e tal da noite, tendo em conta isso, foi decidido democraticamente sacar das tendas, arranjar um lugar supimpa no camping, arrumar as malas e restantes apetrechos e tratar do que já apertava: a fome. Pegar no veículo e abalar até Caminha para jantar. Chegados lá a fome era tanta que se exigia um banquete à medida. Optámos pelo restaurante ‘Muralha de Caminha’ (passo a pub), onde tirámos, literalmente, a barriga de misérias e fizemos questão de comer (e beber) bem. Qualidade cinco estrelas. Um pequeno passeio à beira do Rio Minho para ajudar à digestão e fizemo-nos de novo à estrada de volta a Vilar de Mouros.  

Estacionar, uma breve investida ao café que por essa altura já fervilhava com festivaleiros em pleno warm up, dois dedos de conversa, um par de nos cada e ala para a tenda, descanso exigia-se, dado que se adivinhavam três intensos dias pela frente.  

camping estava óptimo. Longe de um qualquer resort, como é óbvio e ainda bem. Em contexto de festival de música reina e reinará sempre a vertente do-it-yourself, amanha-te com o que tens e improvisa quando necessário, o que na verdade torna a experiência mais saborosa e até enriquecedora. Muita sombra, bons pré-fabricados com vários banhos e wc’s, sacos do lixo estrategicamente colocados, bancas para lavar a loiça, chuveiros ao ar livre e até um spot com várias tomadas para carregar telemóveis e demais gadgets. E claro, o mítico Rio Coura logo ali ao lado, para deleite da malta. Estávamos em casa.  

Dia 1, rise and shine, bom dia Vilar de Mouros. O calor era intenso. Depois do almoço convidava a uma ida ao café, esplanada, sombra, no a estalar, convívio. Aquecer os motores para o m da tarde, altura em que começariam os concertos no recinto. Dar uma volta pela freguesia, uma vista de olhos pelas tendas de merchandising, tratar da acreditação e siga para o olho da tempestade.  

19h30. Ainda pouca gente no recinto. Os lisboetas Tape Junk assumem o palco secundário MEO, com a sempre difícil tarefa de dar o pontapé de saída do festival e dar o mote para as restantes bandas. O quarteto com- posto por João Correia, Frankie Chavez, Nuno Lucas e António Dias cumpriu. Conseguiram cativar a malta presente com o seu Couch Pop (título aliás do mais recente álbum da banda) e proporcionar um óptimo concerto.  

Ao contrário dos portugueses Tape Junk, a banda que se seguiu no mesmo palco, os britânicos (veteranos) The Wedding Present, não estiveram tão felizes, quiçá pela hora a que tocaram (20h30, hora da janta para muita malta) ou simplesmente porque não estavam nos seus dias ou com o feeling. David Gedge, vocalista e único resistente da alienação original desta banda que remonta, nas suas origens, a 1985, bem puxou por quem assistia, mas apesar da sonoridade até se ter revelado bem agradável, o feedback não foi o esperado. Sorry lads, melhores concertos virão.  

21h30. Hora de inaugurar o palco EDP, palco principal, os pratos principais. Anna Margaret Michelle Calvi toma conta do plateau. Esta moça londrina proporcionou o primeiro grande concerto do festival, com um rock vibrante e cativante que pôs a malta a mexer e a pedir por mais. Senhora de uma destreza admirável na guitarra, aliou uma pujante (e sexy) prestação em palco com sonoridades, tanto instrumentais como vocais, muito interessantes e originais. Um excelente aperitivo para os pesos-pesados que se avizinhavam.  

Voltei ao palco MEO. Necessitava de uma terapia de choque, uma dose de adrenalina, um blast from the past, os bons e velhos (velhos são os trapos, ora) Therapy? trataram disso. Ó se trataram. Era sem dúvida um dos concertos que mais esperava, não só pelo que a banda significava para mim, mas também pela curiosidade que tinha em constatar se os rapazes vindos do pedaço mais pequeno da Irlanda estavam em forma. E estavam, sim senhor, ao ponto de fazer inveja a muita banda com rapazolas nos seus vintes. O vocalista Andy Cairns, então, parece que fez um pacto com o diabo ou encontrou o elixir da eterna juventude, tal a forma como abanava a carola, dedilhava freneticamente a sua guitarra e puxava pela malta como se fossem os loucos 90’s. Os clássicos estiveram lá todos, ‘Die Laughing’, a já mítica rendição da ‘Isolation’ dos Joy Division, ‘Teethgrinder’, a lovely ‘Diane’, a pequena, mas frenética ‘Nowhere’ e a inevitável ‘Screamager’… que belo revival, que concerto potente, a terapia funcionou às mil maravilhas. Well done boys.  

Sensivelmente dez para a meia-noite. Palco principal. Straight from BlackwoodWalesthe Manic Street Preachers… os preachers de Gales subiam ao palco. O James Dean (não é esse que estão a pensar), vocalista e um dos masterminds da banda, debitou o que todos esperavam, um mellow rock de qualidade, com letras impactantes, algumas delas com o cariz político e social que sempre os caracterizou. Entraram logo em grande com a nostálgica ‘Motorcycle Emptiness’, para mais à frente brindarem o público (em grande número por esta altura) com ‘The Everlasting’, ‘Everything Must Go’, a (personal favourite) ‘A Design For Life’, seguida da ‘Suicide is Painless’ (cover do Johnny Mandel e tema da mítica série televisiva MASH), uma versão muito bem conseguida (e bem recebida) da ‘Sweet Child O’Mine’ dos Guns N’Roses, acabando em beleza com a ‘If You Tolerate This Your Children Will Be Next’, que serviu para consciencializar a malta e pôr um apropriado ponto de exclamação num concerto muito bem conseguido. Bravo indeed.  

Um compasso de espera e eis que pisam o palco principal os cabeças de cartaz do dia e um dos concertos mais esperados do certame, os míticos The Cult surgem preparados para corresponder às expectativas e proporcionar um final de noite memorável. O vocalista, Ian Astbury, apresenta-se em grande forma, munido do seu casaco de cabedal e óculos escuros, saúda os presentes e dá o mote à sua banda para encetarem as festividades. Como um verdadeiro Rei Sol, ataca desde logo com a ‘Sun King’ seguida da ‘New York City’, num começo de concerto pujante. Seguem-se malhas como ‘Sweet Soul Sister’, ‘Fire Woman’, de uma assentada as míticas ‘Rain’, ‘She Sells Sanctuary’ e ‘Wild Flower’, todas fielmente cantadas em uníssono pelo Ian e pelo público, acabando com a ‘Love Removal Machine’, último clássico para dar por terminada uma prestação sólida, cativante e do agrado geral. O culto mantém-se, está de boa saúde e recomenda-se. Obrigado Ian e companhia.  

Concluídos que estavam todos os concertos era hora de fazer uma visita ao after-party onde a malta se podia divertir por mais umas horas antes do merecido descanso. E é neste ponto que reside uma das minhas (poucas) críticas em relação à organização, dado que foi recorrente ao longo dos dias todos do festival a incompreensível insistência em música electrónica nos mencionados after-parties… incompreensível dado que tratando-se de um festival assumidamente e tradicionalmente marcado pelo rock não deixa de ser deveras questionável a opção por esse tipo de sonoridade (nada contra a música electrónica e quem a aprecia, óbvio), pareceu descabida e descontextualizada, para o descontentamento de grande parte da malta que, de facto, esperava outra oferta. Ainda assim, deu para um último convívio, uns poucos nos e ala para o ninho.  

23 de Agosto, segundo dia de concertos. Muito calor, outra vez. Mais gente, mais festivaleiros, mais tendas, uma sexta-feira que se previa em grande. Mais gente significava também maior rigor na logística por parte da organização, um esforço extra, no sentido de receber da melhor maneira todo um mar de gente ansiosa por aproveitar ao máximo tudo o que Vilar de Mouros tinha e tem para oferecer. O que me leva à segunda crítica… vá não gosto do termo ‘crítica’, demasiado pesado, optemos por ‘reparo’… (rewind)… o que me leva ao segundo reparo, que por acaso não me afectou pessoalmente, mas que transtornou quem se deslocava para a localidade, que foi a questão dos transportes que foram disponibilizados pela organização para encaminharem os festivaleiros até à povoação. De acordo com relatos que consegui recolher na altura, foram escassos e de timing questionável, os horários não foram devidamente cumpridos e o volume de passageiros excedeu as previsões iniciais, criando uma certa decepção e confusão entre os visitantes, obrigando muitos a arranjar outras alternativas não tão viáveis e mais morosas. Tudo eventualmente foi ultrapassado, mas ca o reparo para as próximas edições, com a certeza que haverá melhorias nesse departamento.  

Depois de uma tarde de compras, de umas deliciosas chapas no Rio Coura e de umas cervejolas no tasco, era chegada a hora do segundo round de concertos. Mais uma vez, pelas 19h00, a malta começou, pouco a pouco, a dirigir-se para o recinto. Conforme as horas avançavam mais las se formavam, uma constante nesse dia. No palco secundário os veteranos holandeses Clan of Xymox davam o pontapé de saída, com o seu synthpop característico, deram uma óptima réplica e aguçaram ainda mais o apetite do muito pessoal que por ali já se concentrava. Deram lugar, no mesmo palco, aos britânicos The House of Love, que debitaram competentemente o seu rock alternativo, talvez sem o feedback que desejariam, mas cumprindo briosamente a sua missão.  

Hora da janta, estômago devidamente forra- do, virei agulhas para o palco principal, onde por volta das 21h30 apareceram os britânicos Nitzer Ebb, pioneiros na cena synthpop/ industrial, a caminho dos quarenta anos de carreira. À semelhança de outras bandas, aparentavam estar um tanto ou quanto descontextualizados, no sentido em que a química entre público e banda foi titubeante ao longo de todo o concerto. Talvez a ânsia pelos ‘pratos principais’ ou o pouco conhecimento em relação à banda, de grande parte da malta, tenha contribuído para isso. De qualquer forma foi diferente, sem dúvida especial para os connaisseurs e para todos aqueles que desconheciam (ou conheciam pouco), mas que demonstraram claros sinais de aprovação. Solid show, Essex boys.  

Dez para as onze, palco secundário. Uma das bandas mais esperadas prepara-se para entrar em cena. Dispensam grandes apresentações, na verdade, mas eu faço-a, com pompa e circunstânciaHailing from Leeds, England, for your exquisite pleasure and mine, the undisputed kings (or, if you will, queens) of gothic rock, The Sisters of Mercy…! …luzes (várias), câmaras (também várias), acção. O icónico vocalista Andrew Eldritch e seus cúmplices, envoltos numa aura e todo um ambience que só esta banda consegue replicar, vão directos ao assunto: kick o com a ‘More’ que deixou desde logo o público a pedir mesmo por more, ‘Crash and Burn’, ‘No Time to Cry’, ‘First and Last and Always’, a poderosa one- -two punch ‘Dominion/Mother Russia’ seguida da ‘When You Don’t See Me’ e quatro clássicos para concluir com chave de ouro esta poderosa e nostálgica prestação: ‘Lucretia My Re ection’ (wink wink), ‘Vision Thing’ e as tão esperadas ‘Temple of Love’ e ‘This Corrosion’. And scene, descompressão.  

Sim, o som não foi dos melhores e mereciam o palco principal… sim, talvez a voz já não seja a mesma que era e a desenvoltura não é a de outrora, mas, caramba, tivemos todos o privilégio de usufruir da sonoridade inconfundível e marcante destes senhores. E valeu a pena cada segundo, podem crer que valeu.  

Cada vez mais gente no recinto, las para o multibanco, comida e bebida cada vez maiores. Estado de sítio! Não o caos, mas o suficiente para testar a paciência de muita malta. ‘Faz parte’, ‘Ossos do ofício’ diziam muitos. E é verdade, em Roma sê romano, é lidar com isso da melhor forma e não se deixar abater por esses (previsíveis) contratempos. Adiante.  

Meia-noite. Os britânicos Skunk Anansie tomam conta do palco principal. Banda também ela aguardada por muitos. Não defraudaram as expectativas. Foram iguais a si próprios, pragmáticos, directos ao assunto e sem medo de agarrar a multidão pelos colarinhos, muito à imagem da sua destemida vocalista Skin, dona de uma capacidade vocal invulgar e de um à vontade em palco desconcertante, ladeada de um conjunto de músicos deveras competente. Fez de tudo a lady Skin: gritou, chorou, acarinhou e, ou ou ou, até deu para uma caminha- da intimista por entre o público, qual Jesus a caminhar sobre a água, num momento digno de registo. Os clássicos estiveram lá todos ou quase todos: A frenética ‘Charlie Big Potato’, ‘Because of You’, ‘Twisted (Everyday Hurts)’, ‘Weak’, ‘Hedonism’, momento mais intimista da praxe com a ‘Secretly’, estas e tantas outras contribuíram para um concerto vibrante, nostálgico e cheio de substância. É daquelas bandas que nunca desilude, we thank you.  

O cansaço já se manifestava, o corpinho já estava na reserva, mas havia ainda fuel para um último bailarico. Os yankees The O spring tinham em mãos a tarefa de manter a malta acordada e a mexer. O vocalista Dexter Holland e seus comparsas fizeram questão de não deixar os seus créditos por mãos alheias, debitando um longo e rico setlist com todas aquelas malhas incontornáveis, para gáudio dos aficionados do hardcore melódico/skate punk/punk la la la, whatever, destes sempre bem dispostos californianos. Uma entrada em grande com ‘Americana’, ‘All I Want’ e ‘Come Out and Play’, seguidas de ‘Want You Bad’, ‘Original Prankster’ e ‘Bad Habit’ (com uma cover improvisada de AC/DC lá pelo meio), siga a rusga com ‹Gotta Get Away›, karaoke geral na ‹Why Don›t You Get a Job?› e na ‹Pretty Fly (For a White Guy)›, acabando com ‘The Kids Aren’t Alright’. Já chega? Não. Um pequeno encore, com ‘You’re Gonna Go Far, Kid’ e a inevitável ‘Self Esteem’, que acabou de vez com o tanque de reserva. Esgotados mas satisfeitos, dose cavalar de teen angst 

Dia 3, último dia de festividades. O cansaço acumulava-se, noites mal dormidas, lixo acumulado, o típico nestas ocasiões. Mas, como sempre, it ain’t over till the fat lady sings, só acaba quando a última banda toca o último acorde. E mesmo aí nunca é certo. Depois de uma sesta prolongada para recarregar baterias e aguentar o que resta da festarola, foi tempo de uma boa jantarada em pleno camping, para logo em seguida irmos directos ao assunto.  

Chegados ao recinto já os Jarojupe tomavam conta do palco secundário. Rapaziada do distrito, estavam a jogar em casa, são repetentes no festival e não andam aqui desde ontem, debitaram o seu rock clássico com a força e competência que sempre os caracterizou. Pouco depois, foi a vez dos britânicos Gang of Four (mais rapaziada de Leeds) com o seu post-punk/funk-rock que merecia mais entusiasmo por parte da malta que por esta hora ainda se preocupava em encontrar o melhor sítio para saciar a fome. Ultrapassada a fase da janta, batiam já as 21h30 quando os lisboetas Linda Martini se apresentaram no palco principal, onde fizeram valer o seu post-rock característico e protagonizaram quiçá a primeira grande prestação da noite. Calculistas e eficazes, já um nome a considerar cá pelo burgo. Uma ligeira guinadela para o palco secundário onde o grupo de rock britânico Fischer-Z se mostrava à malta. Veteranos nestas andanças, foram um bom complemento aos lisboetas que minutos antes tinham estado no palco principal, um new wave refrescante, com muito humor à mistura, num concerto que apesar de morno se revelou deveras agradável, pena o desinteresse quase geral do público presente.  

23h30. Hora de reivindicação, revolta, rebeldia, nostalgia e… punho no ar? É, isso mesmo. Hora de agitar o sistema com os norteamericanos Prophets of Rage, um misto de Rage Against the MachineCypress Hill e Public Enemy, uma fusão quase perfeita entre rock hip-hop. Atrevo-me a dizer que foi O concerto do festival, por várias razões, pela energia que transmitiram, pelo entusiasmo que provocaram na muita malta presente e pelo setlist… e que setlist. Um blast from the past para muitos, uma montanha-russa de memórias e momentosmúsicas que acompanhámos durante toda a nossa adolescência até à idade adulta, tudo isto envolto numa monumental poeirada que se instalou por quase todo o recinto. Perdi a conta às vezes que os vocalistas B-Real e Chuck D desafiaram a malta com uns sonoros JUMP! JUMP! JUMP!, ao que o pessoal respondia sempre afirmativamente, sem apelo nem agravo, daí o consequente acumular de poeira. Sacrifício necessárioit’s all in the game man. Entrada com a música que  o nome à banda, da autoria dos míticos Public Enemy, seguida da primeira dose de Rage Against the Machine com ‘Testify’, ‘Guerrilla Radio’, ‘Know Your Enemy’ e ‘Take the Power Back’, um medley Cypress Hill/House of Pain com ‘Insane in the Brain’ e ‘Jump Around’ (poeira a dobrar), ‘Sleep Now in the Fire’, uma versão instrumental da ‘Cochise’ dos Audioslave (parte vocal foi da responsabilidade do público), e uma última salva de Rage Against the Machine com ‘Bullet in the Head’, ‘Bulls on Parade’, ‘Killing in the Name’ (queue de piretes da praxe) e ‘Bombtrack’… tudo isto com uma mensagem de fundo em jeito de desafio, promovida pela banda: ‘Façam Portugal enraivecer novamente!’. Punho em riste, comunhão total entre banda e público, um concerto pujante e que fica na memória durante muito tempo… damn 

Depois daquela dose de adrenalina hora de descansar, certo? Errado. Ainda a malta estava a recuperar o fôlego e  os Gogol Bordello se preparavam para acabar a edição deste ano em grande com o seu gipsy punk contagiante a que ninguém ca indiferente. ‘Immigrant Punk’, a esperada ‘Wonderlust King’, ‘Alcohol’ (mais não por favor), ‘Trans-Continental Hustle’, ‘Passport’, ‘Pala Tute’ e ‘Baro Foro’ fizeram parte de um setlist típico deste irrequieto conjunto que é uma verdadeira sociedade das nações, dado as diferentes proveniências dos membros da banda. Um frenético mas adequado ponto de exclamação nas festividades, sorriso de orelha a orelha, dever cumprido, hora do adeus e até para o ano.  

Foste acolhedor como sempre Vilar de Mouros, estás e estarás aí para as curvas e aguardamos por ti o tempo que for preciso. Continuarás a ser um verdadeiro tesouro nacional e uma referência incontornável no que a festivais de música diz respeito. One of a kindUm abraço do tamanho do mundo a todos os que nele investem e a todos os que o acarinham.  

Até . 

Por Gustavo Homem  

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