Teatro Ibérico reinventa-se e cria Festival que junta artistas emergentes luso-espanhóis

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– Solos Ibéricos I é o nome do Festival que decorre de 30 de outubro a 28 de novembro, todos os fins de semana, e conta com cinco produções de vários pontos da Península Ibérica

– Teatro, dança, novo circo e clown são algumas das artes que vão subir ao palco na primeira edição do Festival pensado para todas as idades

– A maioria dos espetáculos do Festival podem ainda ser vistos a partir de qualquer lugar e em direto, através de um serviço de livestreaming

 

É já este mês que arranca a primeira edição do Festival Solos Ibéricos, iniciativa do Teatro Ibérico que pretende dar palco a artistas emergentes e às suas criações, trazendo-as a Lisboa. O Festival junta artes como o teatro, dança, novo circo e mesmo clown e decorre nos fins de semana de 30 de outubro a 28 de novembro, em formato presencial e online, através de transmissão em direto.

Com cinco fins de semana repletos de espetáculos que abordam problemas sociais de relevo, o Festival arranca com a peça “Toca”, criada e interpretada pela artista portuguesa Cátia Terrinca e que fala sobre o corpo da mulher e a gravidez, num espetáculo intimista em que a atriz se apresenta nua em palco. A produção sobe a palco nos dias 30 e 31 de outubro, às 21h00 e às 17h00, respetivamente. No fim de semana seguinte, é o espetáculo “Lîla”, de Lua Carreira, que leva ao palco do Teatro Ibérico música e dança, através de um diálogo entre duas guitarras e dois bailarinos, que contemplam o público com uma performance livre, enraizada na improvisação, e que celebra a autenticidade do ser humano.

Nos dias 13 e 14 de novembro, a solidão dos mais velhos e a sua procura por amor e companhia são retratadas na peça “Em Busca de um Neto”, pensada para todas as idades, inclusive para os mais novos a partir dos seis anos. Criado e interpretado por Rita Rodrigues, a atriz serve-se da máscara de comédia humana para levar os espectadores numa viagem pela procura de um neto, oferecendo uma nova perspetiva sobre a relação entre as várias gerações de uma família, sempre com uma dimensão de comédia. No fim de semana seguinte, o talento espanhol sobe ao palco do Teatro Ibérico com o espetáculo Of Artemis and Monsters, da Compañia PSiRC. Esta é uma peça com uma vertente trágica e mitológica, em que as personagens são os próprios artistas, e onde se debate a temática do fim do mundo, um local longínquo e imaginário onde se tenta redescobrir a sociedade como a conhecemos.

Para encerrar a primeira edição do Festival luso-espanhol, nos dias 27 e 28 de novembro, é a Associação Cães do Mar que apresenta a peça “Os Amores Encardidos de Padi e Balbina”. Aqui, mímica, música, dança, clown e comédia conjugam-se numa encenação que celebra a cultura açoriana e a sua história. Como narrativa principal está a viagem do “Revenge”, navio inglês do século XVI que combateu uma armada de cinquenta e três navios espanhóis ao largo da Ilha das Flores e que acabou por afundar ao largo da costa da Terceira, dando origem a uma história de amor que deixou descendentes.

“Depois de um período em que o setor da Cultura se viu a braços com grandes dificuldades, com salas de espetáculos encerradas durante meses e o público impedido de estar em contacto com as diferentes artes, sentimos que este era o momento para criar um Festival diferente. Um evento que unisse artistas de várias partes da Península Ibérica, descentralizando a Cultura, mas criando laços entre intérpretes portugueses e espanhóis. Foi nesse sentido que surgiu o “Solos Ibéricos”, Festival que leva produções de artistas emergentes a um palco histórico como o do Teatro Ibérico, dando-lhes a oportunidade de se apresentarem ao público lisboeta num momento intimista”, explica Rita Costa, Diretora do Teatro Ibérico e do Festival Solos Ibéricos.

“O Festival é mais um passo na missão deste novo Teatro Ibérico, uma casa que quer ser de todos e para todos e que dá voz a artistas de várias partes, sejam eles já estabelecidos ou emergentes. Unir o público e os criadores neste espaço, para que possam pensar conjuntamente sobre os problemas da sociedade atual que nos tocam a todos é o futuro que desenhamos para este palco”, acrescenta.

Os espetáculos ocorrem todos os sábados, às 21h00, e domingos, às 17h00. À exceção da peça de abertura, “Toca”, no último dia de apresentação de cada uma das produções, realiza-se uma transmissão em direto e em livestreaming, que pode ser assistida a partir de qualquer parte do mundo, sendo apenas necessário que os espectadores comprem o bilhete online no site livestage.ticketline.pt.

Todos os que quiserem assistir presencialmente aos espetáculos do Festival podem adquirir os bilhetes na Ticketline, nos locais habituais ou através da bilheteira do Teatro Ibérico, nos dias dos espetáculos. As reservas podem ser feitas através do e-mail bilheteira@teatroiberico.org. É ainda possível aos maiores amantes de cultura aderirem ao passe geral do Festival, que permite assistir a todos os espetáculos por apenas 35€. Este passe estará à venda até dia 31 de outubro.

Programação completa:

“Toca”, UmColectivo – Associação Cultural (M/16)

  • 30/10/2021 | 21:00
  • 31/10/2021 | 17:00

“Lîla – Free Play”

  • 06/11/2021 | 21:00 (M/6)
  • 07/11/2021 | 17:00

“Em Busca de um Neto”, Rita Rodrigues (M/6)

  • 13/11/2021 | 21:00
  • 14/11/2021 | 17:00

“Of Artemis and Monsters”, Compañia PSiRC (M/12)

  • 20/11/2021 | 21:00
  • 21/11/2021 | 17:00

“Os Amores Encardidos de Padi e Balbina”, Associação Cães do Mar (M/14)

  • 27/11/2021 | 21:00
  • 28/11/2021 | 17:00

Sobre o Festival Solos Ibéricos
O Festival Solos Ibéricos tem a sua primeira edição em 2021 e consiste num evento cénico luso-espanhol que
descentraliza a cultura e junta artistas emergentes de toda a Península Ibérica. O festival é constituído por espetáculos
contemporâneos que conjugam teatro, dança, novo circo, entre outros. Produzido pela nova geração de criativos
luso-espanhóis, é uma iniciativa do Teatro Ibérico que tanto alberga solos programáticos de um único artista, bem
como pequenas performances teatrais ou musicais de companhias ou grupos, espanhóis e portugueses. Identifica-se
como um palco para os artistas locais, nacionais e internacionais, centrado num diálogo entre comunidades artísticas
e públicos.

Sobre o Teatro Ibérico
O Teatro Ibérico – Centro de Cultura e Pesquisa de Arte Teatral surgiu em 1981 e localiza-se nas antigas instalações
da Igreja do Convento de Xabregas. Atualmente, dedica-se à criação e apresentação de propostas artísticas
contemporâneas, que preencham requisitos de originalidade, radicalidade e liberdade. Afirma-se ainda como uma
sala alternativa para a criação e acolhimento de artistas e coletivos de cariz contemporâneo em Lisboa, uma porta
aberta para as artes e o mundo, trazendo a Lisboa grupos e pessoas de diferentes áreas artísticas e promovendo uma
experiência de descentralização artística.

Fonte: Thesquare

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