Nesta Edição da revista Bica

838 views

Esta BICA é dedicada ao Cinema. O Cinema que, aos 4 anos, enfeitiçou de tal forma Manuel Mozos, o realizador, actor, montador, assistente de realização, arquivista e técnico de restauro e recuperação de película, que o levou a abandonar o Curso de História, para se dedicar a contar-nos as estórias “que não podiam ficar por contar”, como nos explica numa entrevista que nos abre as portas à arte que Fellini definiu como “o modo divino de contar a vida.”

É, pois, desse “fluxo constante de sonho”, que falamos nesta edição. E se, de repente, fechados em casa, recuperássemos essa ousadia de sonhar? Sonhar ser super-heróis, ou índios, ou cowboys, ou escritores, ou simplesmente, septuagenários à beira da reforma, ansiosos por reencontrar o amor das nossas vidas, como se aventurou Miguel Lobo Antunes, ao aceitar o desafio de ser o protagonista do filme de João Nicolau, Technoboss, como nos conta, numa longa conversa em sua casa, no tempo em que ainda nos era permitido visitarmo-nos. Um tempo em que João Bénard da Costa era “muito lá de casa” e nos ensinou, com os seus textos, a ver o Cinema com outros olhos. Por isso, com a colaboração da Cinemateca, recuperámos uma das suas mais emblemáticas crónicas, da mesma forma que decidimos publicar a introdução do livro “Os Filmes da Minha Vida”, de François Truffaut. E é, exactamente, sobre os filmes das suas vidas que nos escrevem a Joana Bertholo, o Pedro Boucherie Mendes, o Víctor Cunha e a Patrícia Castello Branco. Já o João Albuquerque Carreiras e o Paulo Batista decidiram revisitar os “cinemas” das suas vidas. Convidámos o José Manuel Costa, a revelar-nos a sua ideia de Cinemateca e António Preto a escrever sobre o nosso Cineasta Maior, Manoel de Oliveira. Desafiámos, ainda, o Professor Carlos Fiolhais a escrever sobre a ligação entre Cinema e Ciência e o João Pedro Costa a explicar-nos o modo como a 7ª Arte mudou a vida de alguns destinos turísticos. A Vanessa Pires de Almeida, partindo do filme “Sono de Inverno”, de Nuri Bilge Ceylan, reflecte sobre a ligação íntima entre Cinema e Arquitectura. E, porque há textos que valem uma revista, aconselhamos a leitura da Crónica do Pedro Santos Guerreiro, “No futuro é que era bom”. Não se irão arrepender.

NOTA – Esta BICA sairá, pela primeira vez, online, sem previsão de lançamento da sua edição física, mas com a promessa de que, mal nos seja possível, a distribuiremos em papel, nos locais habituais. Nestes tempos de excepção, decidimos, excepcionalmente, oferecer, aos nossos leitores uma BICA maior, na edição virtual. Esperemos que gostem.

 

Revista Bica

Este site utiliza cookies para permitir uma melhor experiência por parte do utilizador. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Mais informação

Se não pretender usar cookies, por favor altere as definições do seu browser.

Fechar