Mesa de Lemos com o chef Diogo Rocha

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Diogo Rocha tem ar de chef de cuisine. Olha-nos ao longe, sentado a uma enorme mesa com a sua equipa, pedindo um momento para que nos possa dar atenção.

Este edifício nunca foi pensado para ser um restaurante. É preciso ter esta noção. O objectivo deste projecto era conceber um espaço digno para receber os clientes mundiais da Abyss & Habidecor e obviamente dar apoio a alguns clientes da Quinta de Lemos. Essa era a ideia inicial, por um lado, criar um espaço na região que correspondesse às exigências dos clientes da Abyss & Habidecor e por outro, como estamos a falar de um produto têxtil de elevada qualidade, que permitisse o contacto directo, táctil com o produto.

Daí tudo ter sido inicialmente pensado numa escala reduzida, que permitisse a quem viesse visitar-nos, ter a sensação de estar em casa. Uma casa rodeada de vinhedos. – Diogo entreabrindo um sorriso, ao mesmo tempo que aponta para paisagem escurecida pelo fim de tarde. – Com três quartos, uma cozinha aberta, dimensionada para cerca de 10, 12 clientes. – Meu Deus, se eu soubesse… – Diogo largando uma pequena gargalhada de mea culpa. – e uma pequena piscina. Tudo bem acolhedor.

Em que fase do projecto é que entras?

Eu assumi, mais ou menos, na fase da abertura da cozinha, como uma espécie de consultor. Começámos a organizar uns jantares para o Celso, – referindo-se ao proprietário – para a equipe e para a Abyss & Habidecor. Experiências pontuais. Um dia o Celso disse que teríamos de tornar estes eventos em algo de mais permanente. Eu estava metido em outros projectos, na época, e nem sempre conseguia conciliar datas com as pretendidas por ele. Passava a ser uma exigência a tempo inteiro e nós impusemos uma condição. Projectarmos a abertura do restaurante ao público.

Nós, quem?

A minha equipa.

Apresenta-nos a tua equipa.

Também ela foi crescendo com o tempo e com as exigências óbvias a cada fase do projecto, mas hoje, ao meu lado, tenho a Sub- chef Inês Beja, o Beto, que é o nosso pasteleiro e o Hélder que é o cozinheiro de 1a. Na sala tenho o escanção, que é o Rui Madeira, a Raquel como Relações Públicas, o João, como Chefe de Sala e a Mariana e o Nuno. No início era só eu. Fui a primeira pessoa a chegar e andei por aqui sozinho durante mais ou menos meio ano fazendo, essencialmente, pesquisa de produtos. Porque a premissa base do nosso conceito era termos apenas produtos portugueses. Ora, isto levantava um problema. Se os nossos têxteis eram considerados dos melhores do mundo, a bitola estava lá em cima, logo, pelo menos as nossas matérias-primas teriam de ser das melhores do mundo. Isto é um desafio muito, muito exigente. E permanente.

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Revista Bica

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