Uma ideia original de Patrícia Portela, vai ocupar o Largo de São Domingos, em Lisboa, de 9 a 12 de maio, às 20h. Um espetáculo de entrada livre, integrado no ciclo Abril Abriu, do Teatro Nacional D. Maria II, e que terá lugar junto ao edifício do Teatro, no Rossio, atualmente encerrado para obras de requalificação.
Num dia improvável, mas muito possível ou mesmo inevitável, toda a gente decidirá não sair de casa. O mundo parará e fará greve a si próprio. Nesse dia, haverá tempo para pensar, para respirar, para chorar por todas as atrocidades cometidas até à data. Depois… voltaremos a sair. Daremos o braço a um próximo, a uma vizinha, a um desconhecido, a uma mãe, a uma filha, e desceremos todas as avenidas até chegarmos a esta praça. A praça que é uma escola, que é uma troca, que é o lugar para todas as classes e para todas as possibilidades. Trocaremos impressões. Acepipes. Propostas para os próximos 50 anos de abril. Ocuparemos as ruas, que é tudo o que precisamos para as transformar. E sem nos darmos conta, de longe chegar-nos-á aquele som dos passos arrastados na gravilha, aquele ritmo moreno que toda a gente conhece. O Cante tornar-se-á manif. A manif tornar-se-á numa marcha. A marcha fará cair a noite. O Amanhã inevitável começará.
Com texto e encenação de Patrícia Portela, Mercado das Madrugadas conta com interpretação de Ana Rocha, Beatriz Teodósio, Célia Fechas, David Costa, Diogo Dória, Frederico Botta, João Grosso, Miguel Baltazar, Mónica Coteriano, Sara Alexandra e a participação especial de Mariana Brandão.
Depois de ser apresentado em Aveiro, de 24 a 27 de abril, Mercado das Madrugadas ruma ao Largo e São Domingos, em Lisboa, para quatro apresentações, de 9 a 12 de maio, quinta a domingo, às 20h.
Fonte: tndm.pt