Diário de um Sem-Abrigo

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Prefácios de Marcelo Rebelo de Sousa e Nuno Markl

Diário de um Sem-Abrigo, de Jorge Costa, é apresentado a 7 de julho, por Laurinda Alves, Diogo Moura, Nuno Markl e Catarina Carvalho, no Centro de Alojamento de Emergência Municipal de Santa Bárbara, em Lisboa.

O livro que relata os dias (e noites) de Jorge Costa a viver nas ruas de Lisboa, e dá a conhecer, na primeira pessoa, o que é viver em situação de sem-abrigo, será apresentado por Laurinda Alves, Vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Diogo Moura, Vereador da Cultura, Nuno Markl e Catarina Carvalho, diretora de a Mensagem de Lisboa. Com as receitas da venda do livro será criada uma BOLSA para jornalismo sobre sem-abrigo.

 

A LeYa/ Oficina do Livro, a Câmara Municipal de Lisboa e a Mensagem de Lisboa lançam no próximo dia 7 de julho, às 18h00, no Centro de Alojamento de Emergência Municipal de Santa Bárbara, Diário de um Sem-Abrigo, de Jorge Costa. Com prefácios de Marcelo Rebelo de Sousa e Nuno Markl, o livro que relata os dias (e noites) de Jorge Costa a viver nas ruas de Lisboa será apresentado por Laurinda Alves, Vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Diogo Moura, Vereador da Cultura, Nuno Markl e Catarina Carvalho, diretora de a Mensagem de Lisboa. Com as receitas da venda do livro, a Mensagem de Lisboa irá criar uma BOLSA para jornalismo sobre sem-abrigo.

Diário de um Sem-Abrigo é o legado do homem que deu voz aos sem-abrigo e mudou a forma como olhamos o outro. Jorge Costa morreu no passado dia 20 de abril, com 55 anos, em Lisboa, onde nasceu e sempre viveu. Provavelmente, teria morrido anónimo, como tantos outros, como o amigo Zé. Mas as suas crónicas na Mensagem de Lisboa levaram-no ao conhecimento de tantos e tantos. O seu talento conquistou os leitores que o acarinharam, ainda que à distância, neste último ano da sua vida. No jornal digital da capital, partilhou a sua experiência da vivência nas ruas, sem teto para viver e para dormir. Durante 8 meses foi sem-abrigo e teve o céu de Lisboa como teto. Escreveu sobre esta “difícil experiência, indigna e quase desumana” como a descreveu. Quis dar a conhecer, na primeira pessoa, o que é viver em situação de sem-abrigo. E este livro, que agora se publica a título póstumo, cumpre e perpetua o seu propósito.

“Vou escrever sobre o que passei, vou relatar como se vive nas ruas, nem que caia no ridículo. Eu, felizmente, já saí das ruas. E sei o que sofri. Mas muitos ainda lá vivem! E estas crónicas são a voz de todos eles.(…) Espero, assim, que estas crónicas sejam um alerta e que, pelo menos, contribuam para que todos saibam o que é o inferno de sobreviver nas ruas. Sobreviver de formas que pessoas na nossa sociedade nem sequer imaginam viver, mas que pactuam diariamente com essa forma de sobrevivência. É aqui que está a raiz do problema.” Jorge Costa

“Jorge Costa viveu o ser sem-abrigo com total e contundente independência crítica. Mesmo quando conheceu a experiência de uma casa, estilo quase ‘Housing First’, manteve sempre a ligação à rua, a vivência da rua, a memória da rua. Daí a força do presente testemunho. Distanciado, na análise lúcida do seu percurso, no meio de tantos outros, tão diversos. Capaz de avaliar as fragilidades, mas também a coragem cívica de lutar, até ao fim, por uma causa que sabia coletiva.” Marcelo Rebelo de SousaPresidente da Repúblicain prefácio

“Ao relatar a sua história, ele relatou a de tantos a quem viramos a cara quando nos cruzamos com eles. Talvez agora que o Jorge Costa já cá não está, ele tenha passado a existir não numa estrelinha a brilhar no céu – não há assim tanta utilidade para estrelinhas, pois não? -, mas no olhar de todos os homens e todas as mulheres que vagueiam pelas ruas, ao frio, ao calor, à chuva, ao vento, sujeitos a violência, a fome, à crueldade de existir.” Nuno Marklin prefácio

“Jorge ganhara este poder de tocar tudo e todos. Por causa dele, todos nós passámos a olhar de maneira diferente aqueles que não têm um teto e com quem cruzamos nos caminhos na cidade. Depois da publicação da primeira crónica, vários leitores encheram as nossas caixas de e-mail e de comentários. Muitos falavam e escreviam de lágrimas nos olhos, como nós, depois do confronto com esta realidade que era, até então, só paisagem na cidade onde vivíamos. Tantos outros arregaçaram mangas, tornaram-se voluntários em Lisboa e até lhe fizeram chegar cabazes.” Catarina Reis, jornalista da Mensagem de Lisboa, in introdução

Diário de um Sem-Abrigo está disponível nas livrarias com um PVP de 10,90€.

Fonte: LeYa

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