Comédia Aulegrafia

942 views

Comédia Aulegrafia, de Jorge Ferreira de Vasconcelos, é uma obra de teatro portuguesa do séc. XVI nunca levada à cena e que o Teatro Maizum apresenta em estreia absoluta de 7 a 24 de Julho no Claustro do Convento da Graça, em Lisboa, com encenação de Silvina Pereira.

A par da estreia de Comédia Aulegrafia, promove-se também um ciclo de conferências sobre a época e a obra de Jorge Ferreira de Vasconcelos, uma exposição sobre o autor e a apresentação ao público das versões cénicas de Comédia Eufrosina e Comédia  Ulysippo, duas das suas três obras dramáticas que sobreviveram até aos dias de hoje.

O Teatro Maizum é uma companhia de teatro fundada em 1982 que celebra este ano o seu 40.º aniversário.

Partindo do amor desgastado e ofendido pelo ciúme, que acaba por sucumbir à corrosão da intriga, Jorge Ferreira de Vasconcelos constrói, com ironia e comicidade, um enredo que associa à “morte do amor” a do próprio livre arbítrio do indivíduo, subjugado à concretização de interesses alheios.

Com o país em pano de fundo, Comédia Aulegrafia exibe dois mundos em conflito latente, um passado glorificado e um presente e futuro desconcertantes, absurdos e até perigosos.

A cobiça e a corrupção são os principais recursos de ascensão social, mas são também os instrumentos que conduzem à decadência do tecido social e à desestruturação do funcionamento de Portugal de forma equitativa.

Com uma impressiva riqueza linguística, em Comédia Aulegrafia a palavra é acção, esgrimida em diálogos ricos, vivos e variados, num modelo de línguagem cortesã em que se entrelaçam a literatura, o canto e a dança.

SINOPSE
A acção da Comédia Aulegrafia, que textualmente quer dizer “escrita sobre o Paço”, desenrola-se no Paço de Lisboa, tendo como pano de fundo a vida da Corte ao tempo de D. João III e da Rainha D. Catarina de Áustria.
A comédia conta a história dos amores infelizes do ciumento Grasidel de Abreu e de Filomela provocados pelas intrigas da Aulegrafia, cujo propósito é favorecer um outro concorrente.
Grasidel de Abreu não consegue recuperar o amor de Filomela após um longo interregno, e sempre debaixo do controlo e manipulação de Aulegrafia, Filomela decide-se pelo moço fidalgo Jerónimo Soares, casando em segredo com ele.

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Encenação e dramaturgia Silvina Pereira | Assistência de Encenação Margarida Rosa Rodrigues | Interpretação Ana Sofia Santos, Bruno Vicente, Guilherme de Bastos Lima, Guilherme Filipe, Jan Gomes, João Didelet, Júlio Martín, Lita Pedreira, Mário Abel, Miguel Freire, Miguel Vasques, Sara Machado, Tiago de Almeida | Figurinos António de Oliveira Pinto | Desenho de Luz José Carlos Nascimento | Danças de época Vicente Trindade | Colaboração Musical Vítor Paiva | Comunicação Helena Marteleira | Design Gráfico Bruno Inácio | Fotografia Pedro Soares | Apoio à Produção Vera Freire | Assistência de Produção João Rodrigues | Produção Executiva Júlio Martín da Fonseca
Fonte: Helena Marteleira

Este site utiliza cookies para permitir uma melhor experiência por parte do utilizador. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Mais informação

Se não pretender usar cookies, por favor altere as definições do seu browser.

Fechar