Casa Fernando Pessoa

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Depois de obras de remodelação, a casa onde  Pessoa morou nos seus últimos 15 anos de vida  é um lugar mais acessível, com uma nova exposição,  um auditório relocalizado e uma biblioteca renovada.  

Os livros que Pessoa leu, classificados como  Tesouro Nacional, estarão expostos, assim como  parte da colecção de obras de arte sobre o escritor  e mobiliário e objectos pessoais.  

Um lugar de literatura para visitar em segurança.

As novas portas abrem-se na Rua Coelho da Rocha, 16-18, após uma  intervenção que tornou o edifício mais acessível e permitiu aumentar  consideravelmente a área expositiva. A nova Casa Fernando Pessoa teve  o apoio do Turismo de Portugal através da Linha Turismo Acessível. 

O projecto de remodelação (obra civil) é da autoria de José Adrião Arquitectos.  O projecto museográfico é assinado pela empresa de design GBNT e pelos  designers Nuno Quá e Cláudio Silva e foi feito a partir de uma proposta  de Paulo Pires do Vale. A Associação Acesso Cultura foi consultora  em matéria de acessibilidades.

Na nova exposição de longa duração, cumprindo todas as normas de  conservação, estarão expostos grande parte dos livros que pertenceram  ao escritor e o mais importante acervo da Casa. Este valioso conjunto,  mostrado na sua quase totalidade valoriza a relação entre leitura e escrita,  revelando o escritor que Pessoa foi através dos livros que leu e das marcas  que deixou nestas peças. 

Documentos vários e objectos pertencentes ao escritor serão igualmente  mostrados nesta exposição. Estas peças que permitem contar episódios da  vida de Fernando Pessoa em Lisboa, onde teve mais de 16 moradas, e na África  do Sul, onde passou a juventude e onde começou a construir a sua biblioteca  particular. São também testemunhos da vida da cidade no tempo em que  o escritor viveu, e do meio literário em que se movia. 

Estarão também em destaque obras de arte em que Fernando Pessoa  é representado, como o célebre quadro de Almada Negreiros ou os desenhos  de Júlio Pomar. Ao mesmo tempo que é oferecida a quem visita o museu uma  experiência de contacto muito próximo com estes trabalhos em torno da figura  de Pessoa, são também dadas a conhecer as figuras criadas por Pessoa, no seu  inovador jogo literário: a criação dos heterónimos, o complexo e divertido  sistema que é marca distintiva do escritor na história da literatura. 

Memória, criação literária, leitura, morada são as palavras-chave desta  nova exposição de longa duração que pretende dar a conhecer Fernando  Pessoa, de forma mais abrangente, intimista, acessível e participativa.  O propósito é partilhar conhecimento sobre Fernando Pessoa, e ao mesmo  tempo espalhar a palavra, o poder da literatura, os efeitos da leitura. 

O espaço da biblioteca (a Casa Fernando Pessoa alberga uma vasta coleção  de livros de e sobre Pessoa e também de poesia mundial) foi também renovado,  permitindo receber com melhores condições de trabalho investigadores  e estudantes.  

O novo auditório, localizado no piso térreo, torna-se também mais acessível  mantendo a possibilidade de funcionamento em horário diverso dos restantes  espaços da Casa. As obras permitiram ainda um funcionamento mais  sustentável de todo o edifício.  

A entrada da Casa Fernando Pessoa é livre até ao final do mês de Setembro.  Para controlo de lotação e por questões sanitárias é necessária a inscrição  prévia para o email visitas@casafernandopessoa.pt

A Casa Fernando Pessoa está aberta ao público de terça a domingo,  das 11h às 17h (última entrada às 16h).  

A Casa Fernando Pessoa tem certificação Clean and Safe atribuída  pelo Turismo de Portugal.  

Sobre a Casa Fernando Pessoa 

A Casa Fernando Pessoa foi inaugurada a 30 de Novembro de 1993,  no dia do aniversário da morte do poeta, e está desde então aberta ao  público. Em 2012, a Casa passou a ser gerida pela EGEAC, Empresa Municipal.  

Foram directores da Casa Fernando Pessoa: Manuela Júdice (1993-2002),  Clara Ferreira Alves (2002-2006), Francisco José Viegas (2006-2008)  e Inês Pedrosa (2008-2014). Desde Julho 2014, é dirigida por Clara Riso.

 

créditos:José Frade/EGEAC

Fonte: Egeac

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