Em final de 2023, Elodie Bouny, guitarrista e compositora francesa que adotou Lisboa para viver, lançou Luares, o seu primeiro disco autoral, em que a artista combina elementos da sua formação clássica com influências da música popular, mostrando toda a sua versatilidade e criatividade e que, por exemplo, está disponível em https://spotify.link/
No dia 14 de abril, domingo, às 16 horas , o público é agora presenteado com a apresentação ao vivo desta exímia guitarrista, que vai mostrar os temas do novo trabalho, além de contar com a participação especialíssima da cantora brasileira Nani Medeiros, com quem Elodie também tem um duo.
Luares é um álbum emotivo e intimista, e é esse o ambiente que se espera no concerto que acontece na aconchegante sala de concertos da Casa do Comum – Centro Cultural do Bairro Alto, por onde passam tantas outras apresentações especiais.
No alinhamento deste espetáculo estão, a solo, temas do disco Luares, como “Le Pli du Temps” (Sérgio Assad/Elodie Bouny), “Conversa das flores” (Elodie Bouny) e “Anjo” (Elodie Bouny). Num outro momento, Nani Medeiros junta-se para interpretar canções da autoria de Elodie e de compositores latino-americanos, que não estão em Luares, como “Barcos ao mar” (E. Bouny/Iara Ferreira), “Pasarero” (Carlos Aguirre) e “Quimera de São Jorge “(Miguel Rabello/Roberto Didio), em interpretações de tirar o fôlego literalmente! Como aquecimento para este noite tão especial, pode espreitar-se aqui:
https://www.instagram.com/
Da influência de Yamandu Costa – de quem Elodie já produziu diversos discos – ou do importante compositor Sérgio Assad, surgem outros matizes no álbum, já que estes músicos influenciaram muito a trajetória musical de Elodie. As participações de outros músicos, como do cantor Pedro Iaco, do percussionista Thiago Lamattina, do baixista Francesco Valente ou do multi-instrumentista André Siqueira, também enriquecem a sonoridade deste álbum.
A artista francesa, que viveu no Brasil durante 13 anos, mudou-se para Lisboa há 4 anos com Yamandu Costa, outro gigante do violão, com quem era casada na altura. Elodie acaba de editar o disco “Helping Hands” com Yamandu , unindo escolas clássica e popular da guitarra (https://oglobo.globo.com/
A premiada artista tem conquistado reconhecimento no Brasil e em Portugal e outros países, tanto como solista de guitarra clássica, como pela sua obra plural, enquanto compositora para as mais diversas formações, desde música de câmara até ópera, passando pelo género da canção.
CONCERTO : ELODIE BOUNY
Participação especial: Nani Medeiros
Data: 14 de abril (domingo), às 16 horas
Local: Casa do Comum – Centro Cultural do Bairro Alto (Rua da Rosa 285. Bairro Alto. Lisboa. 1200-348)
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UM POUCO MAIS SOBRE ELODIE BOUNY
Nasceu em Caracas (Venezuela) e cresceu em Paris, onde efetuou um percurso de estudos clássicos completo, focado no estudo da guitarra clássica no Conservatório de Boulogne-Billancourt (Paris) e em Strasbourg com Pablo Marquez (guitarra).
Elodie Bouny é Mestre em Educação Musical pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (2012), e Doutora em Processos Criativos pela mesma instituição (2019).
Participou de inúmeros festivais e foi premiada em vários concursos internacionais de guitarra.
Em paralelo às atividades como solista, Elodie desenvolve outros projetos em duo (Duo Andrea Ernest-Dias e Elodie Bouny), e em trio (Iroko Trio).
Elodie atua ativamente como compositora (Les Productions d’Oz; Editions Soldano), e como arranjadora, já orquestrou diversas peças em parceria com Yamandu Costa que foram tocadas por orquestras prestigiosas em vários países.
Entre as peças que lhe foram encomendadas, destacam-se:
– Meia Lágrima, para soprano e orquestra (Orquestra do Theatro Municipal de São Paulo) que estreou em maio de 2019, pela soprano Marly Montano sob a regência de Roberto Minczuk.
– Déjà Vu, peça para quarteto de violões que foi selecionada para a XXIII Bienal de Música Brasileira Contemporânea e teve estreia brasileira em novembro de 2019 na sala Cecília Meireles.
– Eclipse para orquestra (Orquestra de Santo André- Abel Rocha)
– Cara e coroa para duo de violões (Duo Siqueira-Lima)
– Suite Infância Brasileira para orquestra de cordas (SINOS Funarte/UFRJ),
– Nodus para guitarra e orquestra. Festivais de Outono (Universidade de Aveiro, Portugal)
– Three wishes, para trio de guitarras (Guitar Foundation of America)
– Um abraço pro Waldir para 5 cavaquinhos e orquestra. Oficina De Música de Curitiba, para a sua 40ª edição, entre outras diversas peças para guitarra solo.
Em 2022 estreou sua ópera Homens de Papel, baseada na peça de Plínio Marcos, que foi encomendada pelo Theatro Municipal de São Paulo.
A artista traz em sua discografia os álbuns Terra Adentro (guitarra solo), Trio Rama, Iroko Trio e Novas 1, Novas 2, Novas 3, Novas 4 (Produção).
Elodie realizou também a direção de gravação de diversos CDs, entre eles os discos de Yamandu Costa: Mafuá, Recanto e Toccata à Amizade (vencedor do Prêmio da Música Brasileira 2016 nas categorias Melhor CD e Melhor grupo), Calendário do (A)feto de Carlos Walter e Suites do Brasil da Camerata de Violões, Corrente de Cainã Cavalcante.
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LUARES – Ficha Técnica (na ordem do disco) – https://spotify.link/
1- Le Pli du Temps (Sergio Assad/Elodie Bouny) – Elodie Bouny (guitarra)
2- A espera (Elodie Bouny) – feat. Francesco Valente (contrabaixo) – Elodie Bouny (guitarra)
3- Que lo diga la luna (Elodie Bouny) – Elodie Bouny (guitarra)
4- Luares (Yamandu Costa/Elodie Bouny) – Elodie Bouny (guitarra)
5- Cena Brasileira (Elodie Bouny) – Feat. Pedro Iaco (voz) – Elodie Bouny (guitarra)
6- Figura ímpar (Elodie Bouny) – Elodie Bouny (guitarra)
7- Conversa das flores (Elodie Bouny) – Elodie Bouny (guitarra)
8- Anjo (Elodie Bouny) – Elodie Bouny (guitarra)
9- Duas almas (Elodie Bouny) – Elodie (guitarra)
10 – Chant d´espoir (Elodie Bouny) – Feat.: Pedro Iaco (voz), André Siqueira (baixo fretless) e Thiago Lamattina (percussão) e Elodie Bouny (guitarra)
Gravado em Lisboa em março de 2023 (Estúdio Bagual)
Mixado e Masterizado por Thiago Monteiro (São Paulo, Brasil)
Faixa 10: voz e percussão gravados no Estúdio Arsis (Brasil). Baixo fretless gravado em home studio (Brasil)
Fonte:nanisantoro