Naquele minúsculo provador trocávamos vestidos de princesa, enquanto pedíamos acessórios e mais vestidos para experimentar. Cada vez que se entreabria a porta quem passava olhava imediatamente, talvez pelas gargalhadas que de lá saíam. Julgo que as funcionárias não estavam mesmo a acreditar que queríamos comprá-los.
Qualquer coisa acontece quando dá a meia noite e estamos as duas a conversar. Quase sempre acabamos por decidir viagens não programadas, para alturas que pode até nem dar jeito nenhum. Desta vez marcámos o primeiro voo da manhã a sair de Lisboa para Casablanca. Eu de avião e ela de carro a sair de Marraquexe. Mas continuámos mais tempo ao telefone e acabámos por marcar mais uma viagem: Casablanca – Paris. Esta última foi penosa e difícil de marcar porque é um sonho antigo, ou mais corretamente, o sonho da minha filha, a quem levo a todo o lado, até ao bilhar grande, mas nunca a Paris.
Chegada a Casablanca já a Sofia tinha tratado do hotel, dos vouchers e as marcações em restaurantes. A minha prima é uma profissional da Disney. Eu, nunca lá tinha estado. Como íamos viajar no dia seguinte passámos a noite num Ibis relativamente perto do aeroporto. Na única cidade em Marrocos que não me atrai nada. Um jantar no Porto de pesca, muitas horas perdidas na autoestrada e está feito.
Texto e fotografias por Marta Gonzaga
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