A exposição “As Ilhas do Ouro Branco. Encomenda Artística na Madeira: séculos XV-XVI”, no Museu Nacional de Arte Antiga (até 18 de março de 2018).
“Um não sei quê que nos deslumbra, um espanto repetido”. Este o resumo, nas palavras de Tolentino de Mendonça (que assina o pórtico de abertura do respetivo catálogo), sobre o impacto recorrentemente ressentido, por si e por cada viajante, na primeira vez que avista o arquipélago: a ilha de Porto Santo, descoberta em 1418 e, muito em especial, a da Madeira, “milagre verde e vertical”, afirma ele, ocupada no ano seguinte, 1419. Assim é, de facto, desde Gaspar Frutuoso que, em Saudades da Terra, já em finais da centúria seguinte, deixaria averbado o primeiro registo, talvez mais literário que fiel, desse encontro iniciático entre o homem europeu e o que parecia ser um fragmento do jardim primordial do Éden miraculosamente preservado.
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Por: António Filipe Pimentel
Diretor do Museu Nacional de Arte Antiga
Fotografia: © MNAA/Paulo Alexandrino