GRANDE ENTREVISTA – TERESA RICOU

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“Eu costumo dizer que sou uma ave de arribação, escolhi vir para o circo e ando para aí a voar de um lado para o outro. Acho que consegui realizar o sonho de muita gente o meu é que ainda está por realizar.”

Chegamos à Costa do Castelo no1 num radioso final de tarde de Primavera. Num antigo edifício que já foi convento e prisão de mulheres, um corre-corre de gente de todas as idades anuncia o Chapitô, espaço de formação, criação, animação e intervenção sócio-cultural, que há mais de trinta anos anima a encosta sul do Castelo de S. Jorge. Pela recepção vão passando crianças a caminho de aulas, mães com filhos ao colo, estrangeiros de olhar curioso, jovens pintados de palhaços. Sentado num degrau da velha escadaria de madeira, um homem de porte altivo, barba branca, blazer cinza claro e uma echarpe pelos ombros escreve distraído num pequeno bloco pautado. Reconhecemo-lo. É o poeta António Barahona que veio para a celebração do nascimento de Luiza Neto Jorge, a poetisa que dá nome à biblioteca do Chapitô onde decorrerá a homenagem.

O Bartô, sala que já foi antigo lavadouro de raparigas e hoje é centro de estudos e biblioteca durante o dia e bar à noite, está cheio de gente. Num canto, Eunice Muñoz conversa animadamente com Jorge Rodrigues, irmão da poetisa, enquanto do outro lado da sala Gastão da Cruz, Casimiro de Brito e Luís Lima Barreto vão passando cadeiras a quem entra. As conversas rodam em torno das pequenas histórias vividas por cada um dos presentes com Luiza Neto Jorge, mas uma pergunta repete-se insistentemente – Onde está a Tété?

A Tété, como carinhosamente é tratada por toda a gente é Teresa Ricou, a primeira mulher-palhaço portuguesa e ideóloga dum sonho cultural que revolucionou a cidade.

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